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quinta-feira, 31 de maio de 2007

O INEVITÁVEL ENCERRAMENTO

As conclusões a que chegou a Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços Mentais, especialmente criada pelo Ministério da Saúde com o objectivo de reorganizar os serviços de saúde mental, levam-nos a concluir que, a breve trecho, irão encerrar dois dos três hospitais psiquiátricos da zona centro, sendo que os visados são o Centro de Recuperação de Arnes e o Hospital Psiquiátrico do Lorvão.
Esta medida, insere-se na política de descentralização progressiva dos serviços de saúde mental do nosso país levada a cabo pelo Ministério da Saúde, de forma a colocá-los nos hospitais gerais, o que, na opinião dos responsáveis pela elaboração do estudo, os torna mais acessíveis à população alvo.

A situação preocupará os actuais funcionários daquelas unidades de saúde, em especial os que com o Hospital Psiquiátrico do Lorvão mantêm relações jurídicas de emprego e que se estimam ser 280, de acordo com a circular informativa nº 13, de 25.08.2005 da Secretaria-Geral daquele Ministério e também todos aqueles que, não tendo vínculo com aquela unidade, vêm os seus negócios afectados com o encerramento daquele estabelecimento hospitalar e, consequentemente, o seu poder de compra diminuído pela quebra de receitas.

Ficarão o concelho de Penacova e a localidade do Lorvão mais pobres sem aquela unidade de saúde ou ganharão ambos com a oportunidade de dar àquele secular edifício outro fim diferente daquele que, na sua maior parte, tem actualmente?

De certeza que os responsáveis pelo sector do emprego e da reinserção social da nossa autarquia estão atentos ao problema e, com toda a segurança, já dispõem de um programa alternativo para atenuar as (graves) consequências daquela inevitabilidade.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

DE BOAS INTENÇÕES...


Com o objectivo de "aumentar a pressão contra o Sudão" os E.U.A. propuseram sanções que levassem o governo de Darfur a inflectir no contínuo genocídio que, desde 2003 tem vindo a levar a cabo e que já causou mais de 200 mil mortes e mais de 2 milhões de desalojados. Perante tal predisposição, a China considerou que tais sanções "só produziriam mais pessoas sem abrigo e novas violações de direitos humanos. É estranho que tal preocupação venha de um país onde o respeito por aqueles direitos não é uma prioridade política a não ser que por detrás desse súbito interesse, existam outros que levem tão grande potência a tomar uma posição contrária à que tem sido posta em prática dentro das suas fronteiras.
De facto a China, apesar de nos últimos anos ter contribuído para a construção de infra-estruturas várias e de ter doado 10 milhões de euros para assistência humanitária é, actualmente, o maior importador de petróleo daquele país, não acreditando eu que, com esta aparente boa vontade, a China pretenda ensinar os sudaneses a pescar antes preferindo dar-lhes o peixe.
As reacções por parte dos E.U.A. e da França não se fizeram esperar, tendo ambos ameaçado boicotar a sua participação no Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim.
Note-se que a França, através da petrolífera TOTAL, há muito que está interessada nos campos petrolíferos sudaneses e os E.U.A., para não variar, não gostam que o "perigo amarelo" se aproxime muito dos seus (potenciais) domínios.
No meio disto tudo, só tenho pena do povo sudanês que sofre na pele (ou nos ossos) as consequências de uma interminável guerra civil, que apenas serve aqueles que detêm as armas e que, à custa delas, negoceiam e dividem os lucros obtidos pela venda das riquezas do seu país.

terça-feira, 29 de maio de 2007

DOAÇÕES, SÓ EM GÉNEROS


Se por acaso pretender contemplar o seu filho, neto ou bisneto com um montante superior a 500 euros, previna-se porque vai ter que declarar ao fisco a doação de tal quantia.
Se tiver um irmão, um tio ou um sobrinho ou um amigo desesperadamente necessitado, àquele montante ainda terá que somar 10% para pagar o imposto de selo, excepto se tal doação for feita através de cheque.
Já informei os meus familiares da novidade e adverti-os para o caso de pretenderem fazer alguma boa acção, que troquem o vil metal por géneros.
Assim, no Natal, um oferece o bacalhau, outro as batatas, outro o vinho, outro azeite e outro as couves, na Páscoa, um oferece o folar, outro as amêndoas e outro paga a côngrua ao Sr. Padre e no aniversário, um oferece o bolo, outro as bebidas, outro os acepipes e os convidados oferecem as prendas.
Parece-me bem esta medida do governo, pois está a contribuir para que se adquira o hábito de, em vez de dinheiro, se oferecerem coisas verdadeiramente úteis ao dia à dia das pessoas. Assim, quem recebe ou teria a receber alguma prenda mais choruda, em vez de ficar com a conta bancária mais recheada, fica com a despensa cheia e, por uns tempos, não vai necessitar de gastar o dinheiro que receberia naquelas ocasiões, combatendo portanto o excesso de consumismo a que se assiste, principalmente, nas épocas festivas. Além disso, contribui para o incentivo da pecuária e da pequena horta pois o que, apenas interessa é ter criação e praticar uma agricultura biológica para oferecer os excedentes aos amigos e familiares.
Excelente raciocínio o do ministro Teixeira dos Santos, talvez ainda lhe ofereça uma galinha poedeira e um garrafão de vinho.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

AVÉ CHAVEZ

Sem surpresa, Hugo Chávez surpreendeu tudo e todos ao não renovar a licença que a mais antiga estação de televisão privada venezuelana necessitava para continuar a emitir, como vinha fazendo há 53 anos, colocando de imediato uma outra emissora, criada propositadamente pelo novo ditador, a emitir na mesma frequência em que a RCTV anteriormente emitia, estreando-se com um filme sobre o herói da independência Simon Bolivar e com programas que, segundo Chávez, reflectem melhor a sociedade Venezuelana.
Todos os bens e infra-estruturas pertencentes àquela emissora privada foram, por decisão judicial naturalmente influenciada pelo presidente, colocados à disposição da Comissão Nacional de Telecomunicações, nacionalizados portanto.
Afinal que tipo de socialismo é que aquele governante segue? O que busca uma nova harmonia social por meio de drásticas mudanças, como a transferência dos meios de produção das classes proprietárias para os trabalhadores ou aquele em que um indivíduo ou grupo de indivíduos de uma sociedade controla todos os outros indivíduos através da coerção e compulsão organizada (Luxai von Mises).
Para mim é o segundo e, com Fidel Castro às portas da morte, Hugo Chavez, toma a dianteira para se auto-denominar o próximo paladino daqueles ideais, não fosse a Venezuela uma das grandes potências regionais, detentora de uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, portanto, em condições de fazer frente aos E.U.A, inimigo comum dos trabalhadores e oprimidos.
Não tarda nada, vamos assistir a deportações dos opositores de Chavez para “goulags” criteriosamente construídos à semelhança dos utilizados na extinta U.R.S.S..

sábado, 26 de maio de 2007

UM FIM-DE-SEMANA A LER COM...

"-...Estou perdida. Não sei escolher caminhos. Os homens são todos uns cabrões.
- Continuas com um lindo palavreado, mas olha que há excepções.
- Há? Onde?- perguntei eu - ou estão casados ou, se são divorciados, têm sempre uma vaga nostalgia do passado.
- E isso torna-os cabrões? Parece-me que continuas a confundir cabronice com sinceridade!
- São cabrões porque nos fazem sofrer, porque têm sempre medo, porque fogem de compromissos e basicamente porque nós mulheres precisamos horrorosamente deles!
- Que parvoíce Teresa, tu não precisas de ninguém. Já deste provas. és forte como poucas. E, acredita no que te digo: os homens precisam mais das mulheres do que as mulheres dos homens."


Virada do Avesso, de Maria Lopo de Carvalho.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

A CASA PELO TELHADO


Acabar de alcatroar uma estrada e, logo após, começarem a abrir buracos para colocar fios, tubos e outras coisas que deviam ter sido colocadas antes de começar a pavimentação já não é novidade, pois a frequência com que acontece já nem sequer nos provoca espanto. Agora, pintar uma estrada com as faixas obrigatórias para as delimitar, quando ainda não foi preparada para isso é que eu nunca tinha visto. Parece mentira mas aconteceu, não há muitos dias, na vila de Penacova (como não podia deixar de ser).

A foto mostra apenas uma parte da estrada que liga Penacova à Cheira e vice-versa e, como se pode constatar da mesma, houve uma intervenção recente naquela via da qual resultaram as marcas dos cortes efectuados que, como é bom de ver, abateram em relação ao piso já existente.

Naturalmente que a via vai ser alcatroada, que vai ficar impecável, dando até gosto nela andar, só que, das duas uma, ou têm a preocupação de não tapar os traços existentes, protegendo-os da melhor forma, ou então vão ter que pintar tudo de novo, a não ser que tal arranjo só ocorra daqui a muitos anos e tal marcação do pavimento tenha sido só para atirar areia para os olhos dos que cá vivem.

Em conclusão, fica a sensação de que, mais uma vez, o dinheiro foi deitado fora ou então a tinta e a mão-de-obra foram à borla e não havia outro sítio para a aplicar.
Duma maneira ou de outra, o serviço ficou tão lindo como a cara de quem o mandou fazer.

quinta-feira, 24 de maio de 2007


Se no meu local de trabalho, proferisse impropérios relativamente a alguém que fosse meu superior hierárquico perante outro alguém que tivesse competência disciplinar sobre mim, arriscar-me-ia a ser, no mínimo, admoestado.
Se, numa empresa ou delegação, da qual ou pela qual eu fosse responsável, me chegasse aos ouvidos que determinado funcionário manifestou de forma depreciativa e com recurso a palavras ofensivas a sua opinião relativamente a um superior hierárquico seu, teria que ter uma conversa com tal indivíduo para esclarecer o que realmente se passou e, em função da gravidade dos factos, teria que tomar alguma atitude relativamente a tal comportamento.
Posto isto, não percebo o porquê de tanta indignação pelo facto de um funcionário público ter sido alvo de uma sanção disciplinar por parte de um superior seu, investido de competência para o fazer, sem ter que requerer autorização para tal.
Aliás, o caso não é único porque, se bem se lembram, nos idos de 1993, a propósito de uma anedota contada pelo então ministro do Ambiente de Cavaco Silva, Engº Carlos Borrego, acerca da obtenção de alumínio através da reciclagem de alentejanos vítimas do excesso daquele metal no processo de hemodiálise a que estavam a ser submetidos no Hospital de Évora e que casou a morte a 8 utentes daquele estabelecimento hospitalar, que teve como resultado a demissão do autor de tão mórbida piada.
Comparativamente, estamos perante uma situação comum, embora esta última tenha atingido contornos bem mais gravosos do que a que aconteceu com o docente da Escola Carolina Michäelis, no Porto no dia 22 de Abril último. De qualquer maneira, e partindo do princípio que todos os funcionários, públicos ou privados, estão obrigados a respeitar as normas cujo conteúdo não podem alegar desconhecer, devem, antes de dizer aquilo que lhes apetece, ter a preocupação de pensar se não vale mais ficar calado.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

EXCRITOR EXPIRITUALMENTE POLITICO

Junte um ex-candidato à Presidência da Republica, um ex-candidato a Primeiro-Ministro, um ex-Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, um ex-Ministro do Governo Português, um ex-"quadro" do C.D.S./P.P., um ex-Professor e um indivíduo com problemas de coluna e obtém um escritor.
Pelo menos é a conclusão a que eu chego, depois de Diogo Freitas do Amaral o ter manifestado na última lição que deu na Universidade Nova de Lisboa. Segundo o próprio, tal desejo (ou inspiração) surge pelo facto de ter sido vítima de alguns problemas de saúde, concentrados na sua maior parte na coluna vertebral, o que o levou a tomar a decisão de abandonar, fisicamente, a vida pública para se dedicar à escrita. Digo fisicamente, porque o ilustre professor, declarou ter gostado muito de fazer parte do executivo liderado por Sócrates e que, neste momento, só espiritualmente poderá continuar fazer parte dele.
Assim sendo, a partir de agora vamos assistir a sessões espíritas para, por um lado, delinear a política externa do nosso Governo e para, por outro, refinar a veia criadora do cidadão português mais ex de que há memória.

terça-feira, 22 de maio de 2007

AS HISTÓRIAS DE MADONNA


São 6 livros para crianças (mesmo já crescidas) de Madonna, 6 histórias publicadas em 40 línguas em mais de 100 países.

As Rosas Inglesas, As Maças do Sr.Peabody, Yakov e os Sete Ladrões, As Aventuras de Abdi, Pipas de Massa e as Rosas Inglesas bom demais para ser verdade.

A moral, o bom senso, e a coragem, são algumas das mensagens .
Todos os lucros devidos a Madonna são doados à Spirituality for Kids Foundation.

Depois da música, vem a escrita. Leia que vai gostar....

segunda-feira, 21 de maio de 2007

domingo, 20 de maio de 2007

FALAR COM VERDADE




Na sessão pública sobre a nova Lei da Nacionalidade que hoje teve no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, José Sócrates contemplou os 324 novos candidatos à obtenção de nacionalidade portuguesa, com um certificado de nacionalidade que atesta a qualidade deles como cidadãos portugueses de pleno direito.

Presentes encontravam-se, além dos visados, os ministros da Presidência, da Justiça e Educação e, talvez por isso, quando Sócrates discursava perante tão ilustre assistência, fazendo questão de lhes deixar uma palavra de confiança, comunicou-lhes, sem rodeios, que esperava que eles dessem o seu melhor para transformar Portugal "num país mais justo e mais pobre". Eu acho que o nosso 1º ministro foi um homem bastante inteligente ao dizer a verdade a estes novos cidadãos.

Assim, não poderá ser acusado de os ter enganado no dia em que foram formalmente aceites como parte integrante deste “nobre povo”, ao contrário do que aconteceu com os portugueses que já o eram e que o elegeram com maioria absoluta e aos quais havia prometido que nunca aumentaria os impostos.

Ainda bem que José Sócrates está, finalmente, a falar verdade, merecendo aa confiança e os nossos mais sinceros aplausos.

sábado, 19 de maio de 2007

EM QUALQUER PARTE DO MUNDO

Hoje, em Espinho, foi inaugurado o programa ROLI (rádio on line), com o objectivo de reunir num só sítio as rádios locais existentes no nosso país.

Segundo o ministro Santos Silva, tal projecto destina-se a permitir que todos os portugueses, em qualquer parte do mundo, possam ouvir a sua rádio local preferida sem ter que abandonar a pesquisa que se encontram a efectuar.

Se a Rádio Manchete ainda existisse, também poderia ser ouvida em tal local, bastando para isso adicioná-la aqui.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

A QUINTA DE CARRAZEDOS


O tema já foi mais que discutido, creio até que ilustrou a capa da última edição do Jornal de Penacova, contudo, não resisto a uma nova abordagem, até porque se trata de um lugar privilegiado de Penacova que me é especialmente caro, por o ter conhecido na sua fase próspera, ainda com o Sr. Silvino e a família como caseiros, e onde existiam umas doces laranjas, que muitas corridas me obrigaram a dar.

O espaço já esteve a concurso para que alguém, com dinheiro e coragem, nele construísse uma zona habitacional com qualidade, inserida num ambiente tranquilo, apetrechado com as mais modernas infra-estruturas, mas ninguém lhe pegou.Ao olhar para toda aquela área, lembro-me do Luso e do seu lago, da zona de relva que o envolve, das árvores nela plantadas e nos vários equipamentos de manutenção nela existentes e do quanto acolhedor é para as famílias que nele optam por passar a tarde.

Actualmente, a actuação visível da autarquia apenas se resume ao limpar das acácias que insistentemente teimam em se propagar a uma velocidade alucinante, não havendo quem as pare nem remédio que as elimine.Invisivelmente até poderá haver algum esforço por parte da mesma para transformar toda aquela zona num espaço onde seja possível passear, descansar ou praticar ginástica de manutenção ao ar livre mas, por ser invisível é que não se vê e uma obra dessas não aparece de um dia para o outro.

Portanto, as acácias e as silvas vão continuar a crescer e a serem cortadas para depois voltarem a crescer com renovada força, como até aqui, concluindo eu com tudo isto, que aqui só abunda e cresce aquilo que não presta, porque se aquelas espécies fossem de qualidade ou tivessem algum proveito económico, não era esta a terra que escolhiam para crescer.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

BONA DEA


Maio, 5º mês do calendário gregoriano, e tem 31 dias.

O nome deriva de 1 deusa romana, Bona Dea, Boa Deusa, da fertilidade e da terra, representa a virgindade e a fertilidade das mulheres.
É 1 mês em cheio... da vida, da terra, da natureza, do feminino, das noivas, do coração, das Mães, das cantigas, das flores, 1 sem fim de tudo o que é belo.
Ahhh! o mês da Queima das Fitas e o de Maria ou da Cardiologia!!
Lá vou eu, coração, és o orgão central da circulação.
Maio, mês de aniversários.
É 1 grande mês.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

DE PEQUENINO...


De facto, os E.U.A. estão cada vez mais à frente do seu tempo, surpreendendo tudo e todos com as suas paradoxais posições. Se por um lado são tão conservadoras ao tomarem a dianteira em questões como a proibição de fumar, por outro, espantam-nos com a tomada de outras que roçam o limite da insensatez por serem demasiado liberais e inconsequentes.

A frequência com que adolescentes desvairados perpetram crimes hediondos, empunhando armas de qualquer calibre é demais aterradora pois, para eles é mais fácil adquirir um arsenal do que encontrar uma farmácia onde comprar uma aspirina.

A notícia foi divulgada pela CNews, e relata-nos que, no Estado de Illinois, foi possível a um bebé de 3 meses, obter uma licença de uso e porte de armas, só porque o avô lhe ofereceu uma arma de presente. A única exigência imposta é que tal “brinquedo” fique à guarda do pai até que o bebé perfaça 14 anos de idade, o que deixa toda a gente muito mais tranquila.

terça-feira, 15 de maio de 2007

REFORMA SIM, MAS SÓ DEPOIS DOS 65 ANOS


O Banco de Portugal, em comunicado, veio uma vez mais tranquilizar os trabalhadores ao alertar para a necessidade de incentivar as pessoas a trabalhar para além dos 65 anos em vez de as estimular a abdicarem de parte da sua pensão para se reformarem antes dos 65 anos. Esta conclusão surge como resultado de um estudo feito ao impacto da nova lei de bases da segurança social, que entrará em vigor em Junho próximo, e onde foram tidos em conta o valor actual da pensão e a esperança média de vida.

A conclusão a que tal entidade chegou, só vem contribuir para que o actual trabalhador se sinta mais estimulado nas tarefas que executa no seu dia-a-dia pois, doutra maneira, não seria muito agradável para qualquer activo, pensar que teria de se reformar OBRIGATORIAMENTE aos 65 anos, ainda um jovem portanto, e não saber como gozar da sua avultada reforma durante os muitos anos de vida que ainda lhe restavam.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

LUGAR HISTORICO OU SANTO LUGAR


Talvez influenciado pelo enorme acontecimento religioso que marcou este fim-de-semana, pensei em alguma coisa ou em algum sítio que existisse em Penacova ou no seu concelho, que também estivesse ligado ao lado espiritual do ser humano. Um local eleito por ele para acorrer em caso de aflição e onde, por sugestão ou não, conseguisse obter a necessária tranquilidade. Tentei pesquisar em locais onde habitualmente se abordam esses temas, procurei junto de pessoas mais velhas sobre se, por estas bandas, conheciam algum local considerado santo.
Alguns mandavam-me para ali, outros para acolá e alguns para acoli, até que consegui, em função das várias informações recolhidas, encontrar um lugar considerado santo e, calcule-se, bem perto de nós. Desloquei-me à localidade de Chelo, sita na freguesia de Lorvão, concelho de Penacova.
Entrei naquele simpático lugar e, após uma ou duas abordagens, não foi difícil encontrar a estrada que me levasse àquele refrescante retiro. Logo ali, uma placa de visíveis dimensões indicava a que distância se situava tal “monumento” e o ano da edificação do mesmo que remonta, imagine-se, a 1113, antes portanto da fundação do nosso país.
No local, deparei-me com um espaço bastante asseado e bem cuidado, com vários bancos e agradáveis sombras e, finalmente, com a fonte a que todos chamam "santa". Um pouco folclórico talvez mas, a julgar pelos arquitectos, não me foi estranha toda aquela quantidade de dedicatórias, pouco harmoniosamente fixadas, mas todas sem excepção, agradecendo as preces ouvidas, pois o povo vê as coisas com outros olhos e não precisa de grandes investimentos para agradecer a cura que a esperança lhe retornou.
Já saciado da sede e da curiosidade, decidi retomar o caminho que me levou até ali, mas não sem me fazer acompanhar por um garrafão com 5 litros da água que tornou santo aquele lugar, o qual me foi insistentemente oferecido por uma habitual peregrina daquele local. O que ela cura não sei, mas continua lá em casa tal como me foi entregue por aquela amável senhora, quem sabe à espera de uma grande indisposição para assim eu ficar convencido, ou não, da verdadeira qualidade daquele tão apreciado líquido.

domingo, 13 de maio de 2007

13 DE MAIO


Todos os dias 13 de Maio, em Fátima, cidade pertencente ao concelho de Ourém e ao distrito de Santarém, se assiste a uma das maiores concentrações mundiais de fiéis da Igreja Católica.
A par da indiscutível fé que têm aqueles que se sacrificam em nome daquilo em que acreditam, outros existem que fielmente acreditam no lucro que tal romaria lhes traz. Vibram, não com o barulho das preces, mas com o ininterrupto registar da máquina que emite o recibo, com o entra e sai dos fiéis devotos em busca do bonequinho ou do frasquinho de água benta com o rótulo do já falecido João, porque ainda existem muitos em stock e não se podem desperdiçar e também, porque neste dia tudo se vende e não vale a pena trocar.
Os restaurantes, à pinha, vão dando “conta do recado” como podem porque, tirando aqueles que já vêm prevenidos, muitos outros há que nada trazem além da carteira.
No interior do recinto respira-se tranquilidade, apenas se vendo os peregrinos com as suas dores e com as suas velas a dirigirem-se a um queimador gigante que emana um fumo negro, sinónimo de que estão a ser derretidas e, digo eu, conduzidas para moldes de onde vão sair novas velas, prontinhas a serem vendidas e novamente derretidas. É o milagre da reciclagem e a prova que, na natureza nada se perde, tudo se transforma.
Depois vem a já célebre procissão, momento alto de toda a concentração, tendo como fundo as milhares de cintilantes chamas que cada um dos assistentes faz questão de exibir. Sim porque como em qualquer espectáculo, a iluminação é fundamental para dignificar o evento pois, luz é vida, sabedoria e claridade.
Os sacerdotes vestem a indumentária adequada ao momento, o som das preces ouve-se em todo o recinto à custa de um não menos adequado sistema de som e, em uníssono, todos os presentes entoam os cânticos criteriosamente adaptados à cerimónia.
Cá fora, não muito longe dali, continuam, indiferentes, de mão estendida e de nariz sujo, os “ciganitos” a vender o velhinho penso rápido, não vá algum fiel mais incauto ferir-se na execução de uma qualquer manobra promissória para agradar ao altíssimo.

sábado, 12 de maio de 2007

VOTO ABENÇOADO


Ramos Horta, como era de esperar, ganhou as eleições presidenciais de Timor-Leste com uma expressiva maioria de 68% contra os 31% obtidos pelo candidato da FRETILIN, Francisco Guterres, .
A novidade só se prende com o facto de, até o próprio Cristo estar presente no momento em que o candidato ganhador exerceu o seu dever cívico, pois a imagem impressa na t-shirt, que fez questão de usar quando sufragou, mostra o redentor em perfeita sintonia com a opção, como que abençoando aquele boletim de voto e pensando para o seu coração espinhado "está no papo".
Com um aliado daqueles é fácil ganhar eleições
.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

PENACOVA MEXE


Foi com agrado e com alguma admiração que, ao visitar a agenda do site da Câmara Municipal de Penacova, verifiquei que existe uma mão cheia de actividades a terem lugar neste quente mês de Maio na vila de Penacova e na vila do Lorvão.
Tais iniciativas, que vão desde a actuação de grupos de música tradicional a encontros inter-escolas e a percursos pedestres, integram-se na promoção da Feira de Artes e Cultura da Freguesia de Lorvão que terá lugar entre os dias 13 e 20, em princípio, no jardim daquele majestoso mosteiro.
É bom saber que, neste concelho, se realizam eventos que muito o dignificam e que provam a capacidade de iniciativa de algumas instituições e das suas gentes.
Para os visitantes que para lá se deslocarem, privilegiem a passagem pela magnífica vila de Penacova, um pouco descaracterizada bem sei, mas sempre entre as mais belas de Portugal.
Só um reparo, que os responsáveis pela colocação de cartazes alusivos à realização de tais eventos na página oficial do município, optem por um formato mais adequado que permita uma mais fácil e menos morosa visualização.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

A PRAIA DESEJADA


Não é a primeira vez que o assunto suscita polémica, aliás até sou levado a dizer que o assunto é recorrente sempre que nos aproximamos da época estival, como diz e muito bem o António Luís.A Dora, como colaboradora deste blog e na qualidade de frequentadora de uma infra-estrutura caríssima que foi construída a pensar no bem-estar e na qualidade de vida dos penacovenses, reflecte o mau estar de todos aqueles que, tal como ela, se habituaram a ter ali um espaço de lazer, onde tivessem a oportunidade de se descontraírem após um dia de trabalho debaixo de um calor tórrido, e não compreendem a tomada de posição dos responsáveis pela gestão daquele espaço, ao encerrá-lo nos meses de Julho, Agosto e Setembro.
Podem alegar que os funcionários, legitimamente, necessitam de férias e não existe quem os substitua ou que é necessário fazer a limpeza e manutenção do espaço ou até mesmo que existe a alternativa das praias fluviais que pelo nosso concelho abundam.Provavelmente não estão a referir-se à praia fluvial do “reconquinho” que actualmente existe, mas sim àquela que existia nos idos anos 70, essa sim uma verdadeira alternativa, que eles naturalmente não conheceram mas que eu faço questão de lhes dar a conhecer através da fotografia que ilustra esta postagem, para que eles (autarcas) se sintam indispostos com a incapacidade que tiveram em a preservar desde então e com a incapacidade que hoje demonstram em a recuperar.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O NOVO MUNDO...AQUI TÃO LONGE


A longa quimera em busca de um planeta semelhante ao da Terra terá chegado ao fim com a descoberta do GLIESE 581C. Segundo os cientistas tal planeta, com cerca de 5 vezes a massa do nosso planeta, situa-se à distância certa da sua estrela o que lhe permite ter uma temperatura entre os zero e os 40 graus Celsius, portanto com a possibilidade de ter água em estado líquido, condição essencial para suportar vida, tal como a conhecemos. O único senão é a distância que nos separa dele pois, para a lá chegar com a tecnologia de que dispomos actualmente, demoraríamos cerca de 400 anos-luz.
Ainda bem que, por um lado, tal “paraíso” se encontra tão distanciado de nós porque, se assim não fosse, estaríamos perante uma louca corrida em direcção ao “novo mundo” o que se traduziria num completo abandonar deste que conhecemos com as nefastas consequências que toda essa debandada traria.

Perante tão grande distância, não nos resta outro remédio senão tratar e preservar aquele que ainda nos vai acolhendo, porque as alternativas existentes ainda não são as ideais para suportar a vida ou estão muito longe de ser alcançáveis. Se assim não fosse, de certeza que os mais abonados “mandavam às urtigas” este maravilhoso planeta que teimosamente insiste em se auto-regenerar para nos dar guarida e bem-estar, apesar das constantes atrocidades que contra ele cometemos. Desse modo, quem cá ficaria apenas podia contar com uma rocha disforme, despojada de todas as suas riquezas por quem, ironicamente, deu o salto para um novo mundo cheio de oportunidades ou também ele já esgotado ou, quem sabe, povoado por alguém mais dotado de bom senso que não permitiria a chegada, quanto mais a permanência, de novos parasitas.

terça-feira, 8 de maio de 2007

AS (A)FUNDAÇÕES UNIVERSITÁRIAS


Mariano Gago já preparou tudo para que as universidades públicas passem a ser fundações que obedecem às regras do direito privado. Destarte, e quando isso se tornar uma realidade, vamos cada vez mais assistir a polémicas passagens (administrativas) dos alunos que mais capacidade económica ou política tenham no momento. Acho muito bem pois, se querem canudos, que os paguem.
Quanto aos pobres, paciência, estarão condenados a ficar sempre sem qualificação superior, bastando-lhe para isso um curso técnico-profissional, pois é dessa mão-de-obra que o país precisa.

domingo, 6 de maio de 2007

A RUA OLIVAL DO MONDEGO

Pela denominação pensamos tratar-se de uma rua que nos conduz a um espaço cuidado com muitas oliveiras, livres daquelas plantas parasitas que normalmente tomam conta de espaços votados ao abandono. Mas, ao percorrer escassos metros, verificamos que quem deu o nome àquele caminho não gostava que ele fosse o que é na realidade. Um manto de silvas que camufla aquelas árvores seculares e que, de tão altas que estão, impedem o viajante de desfrutar a magnífica paisagem sobre o Mondego.
Mais grave ainda é a proximidade a que aquela vegetação se encontra das habitações por ali existentes, sabendo todos nós que tal realidade não pode nem deve acontecer e que o próprio município, à custa da aturada campanha ano após ano, nos faz questão de lembrar, com o objectivo de sensibilizar todas as pessoas para os perigos de incêndio que essas situações acarretam e os prejuízos em que, recorrentemente, se traduzem.
O António Luís,
numa das suas anteriores postagens, elegeu o eucalipto como a espécie que mais abunda no nosso concelho, por sua vez, o Óscar Trindade referiu o silveirário junto à Escola Beira Aguieira, como ponto igualmente elegível e a ter em conta com mais valia turística neste concelho.
Eu fui lá só para ver e fotografar aquela triste realidade que existe às portas da vila “carregada de história”, como alguns gostam de identificar esta terra nas páginas de boas vindas do seu site oficial.

A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-HOSPITALAR


No passado Sábado, dia 5 de Maio, teve lugar, no auditório da Associação Nacional de Municípios, o 1º Encontro de Emergência Pré-Hospitalar. Tal seminário, organizado pela Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra e com o apoio do Governo Civil de Coimbra, procurou, segundo os responsáveis pelo evento, sensibilizar os vários agentes da protecção civil do nosso distrito que nele quiseram participar, para a importância da união de esforços no acompanhamento e tratamento das vítimas dos mais variados acidentes ou até mesmo dos que, não sendo vítimas directas, necessitem de apoio para ultrapassar qualquer situação que os afecte negativamente. É reconfortante para o cidadão comum, saber que os responsáveis pela nossa segurança, procuram delinear, em conjunto, estratégias de actuação com o objectivo de, cada vez mais e melhor, prestarem os cuidados de saúde necessários ao salvamento e protecção daqueles que dele necessitam, com qualidade e profissionalismo.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

REFERENDALIZAÇÃO


Tendo verificado que o 2º referendo ao aborto resultou favoravelmente para os apoiantes do sim, vêm agora os apoiantes da regionalização de Portugal defender a realização de novo referendo esperando que, à semelhança daquele, o resultado poderá ser-lhes igualmente favorável.
Ao lado dos apoiantes da divisão administrativa do território português, desta vez em 5 regiões, está o 1º ministro José Sócrates que, apesar de ser um convicto defensor daquele modelo de divisão do país, não garante que tal assunto seja referendado na presente legislatura.
Para os opositores dessa reforma, a tarefa de convencer os indecisos não vai ser tão fácil como em Novembro de 1998 quando, do lado deles, tinham como líder do P.S.D., o incansável “combatente” Marcelo Rebelo de Sousa.
Seja como for, com ou sem consenso, o certo é que o referendo sobre a regionalização vai avançar, antevendo-se desde já uma politização da "luta" e uma “feroz” marcação de posições .
Mais uma vez, vamos ver os políticos portugueses, de terra em terra, a explorarem as fraquezas de um povo pouco dado a mudanças e apanhado no meio de um turbilhão de questões que os nossos representantes em Lisboa teimam em colocar-lhes para, provavelmente, não lhes resolverem problema algum.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

O REGRESSO DA GUERRA FRIA


A futura instalação de um escudo anti-mísseis, por parte da O.T.A.N., em território búlgaro e romeno, junto à fronteira com a Rússia, veio arrefecer as relações entre os E.U.A e aquele país, ressuscitando assim o velho fantasma da “guerra fria”.
As reacções não se fizeram esperar e Vladimir Putin opôs-se veemente à estratégia definida por Washington, relativamente à (futura) instalação de bases militares, com cerca de 5 mil soldados cada, por achar que a mesma constitui uma séria ameaça à segurança daquele “gigante adormecido”, tanto mais que a Rússia reduziu unilateralmente o armamento e as tropas que mantinha na parte europeia ao abrigo de vários
tratados de controlo ou redução em que Portugal também participou.
Será o regresso da corrida ao armamento nuclear, onde cada parte beligerante apresentava em grandes paradas militares as suas mais recentes armas de destruição maciça, ou será o início de um longo braço de ferro entre o extinto “Pacto de Varsóvia” e a “Organização do Tratado do Atlântico Norte”?
Seja qual for o cenário que se aproxima, certo é que não serão apenas dois os blocos que vão medir forças, pois o número de potências que entretanto adquiriram capacidade nuclear aumentou consideravelmente, ao ponto de ninguém saber ao certo quantas são verdadeiramente.
Enquanto isso, o mundo mantém-se em suspenso à espera que os “grandes senhores” decidam quando devem parar de brincar com o fogo.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

ATÉ QU'ENFIM


A partir de agora, os pais das crianças não baptizadas já podem dormir descansados. O santo padre assinou uma autorização pontifica onde expressamente declara que todas elas, independentemente de receberem ou não o sacramento do baptismo, têm entrada directa no céu.
Acho muito bem que assim seja porque não era justo que umas se ficassem a rir das outras só por lhes terem molhado o cabelo. Além disso, a atitude tomada por sua santidade revela grande lucidez, pois assim não promove a discriminação entre as crianças e abre a todas elas as portas dos templos que até aqui apenas estavam reservadas às que realmente receberam tal sacramento.

terça-feira, 1 de maio de 2007

MENINA/O NÃO ENTRA

Cornelius Riordan, sociólogo americano, liderou uma equipa de cientistas num estudo sobre o sistema escolar e concluiu que o formato unissexo tem vantagens em relação ao sistema misto. No sistema que o estudo revelou ser mais vantajoso, não existem problemas de assédio sexual, o plano de estudos é especial, existe mais carga horária e o envolvimento dos pais dos alunos é maior.
Para mim o modelo poderá ter as suas vantagens relativamente ao que hoje em dia vigora no nosso sistema educativo, porque diminui a possibilidade das meninas (adolescentes) se encontrarem com os meninos (adolescentes), quer nos intervalos quer fora deles, evitando assim os encontros sexuais, fortuitos ou não, a partir dos 14 anos de idade no recinto escolar.
Por outro lado, também poderá ter as suas desvantagens pois a questão da exclusividade traz-me à ideia os colégios internos, as fardas e o (aparente) ar bem comportado dos alunos que os frequentam e o encarecimento ainda maior do ensino, já de si quase incomportável para uma família de rendimentos médios.
O tema, já de si polémico, promete longos e, quiçá, inconclusivos debates, os quais levarão à inevitável conclusão que, se fosse assim tão bom, o sistema unissexo não teria sido abandonado.
Preferências à parte, o que é certo é que cada vez mais países estão a adoptar o que anteriormente foi banido por ser considerado desadequado. Dessa forma, se a tendência for a de dar preferência às escolas unissexo em detrimento das escolas mistas, não me espantará que, daqui a uns anos, as professoras só possam casar com autorização do responsável máximo do ministério da tutela, tal como acontecida no tempo da antiga
senhora.