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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

domingo, 12 de agosto de 2007

100

Há cem dias que Maddie desapareceu,


há cem anos que Torga nasceu.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

AMIGOS DA NATUREZA


Desde o passado dia 9 que se instalaram em Aljezur. Fazem parte da EYFA (European Youth For Action - Juventude Europeia Em Acção) e procuram através do contacto directo com a natureza, elevar a importância dessa simbiose e aprender a viver sem prejudicar o meio ambiente mas sim respeitando-o e com ele aprender a satisfazer as necessidades básicas (diárias) de qualquer ser humano, através da utilização exclusiva do que retiram da mãe natureza (sabão e vestuário).

Reúnem-se, anualmente, desde há 19 anos, em vários lugares do mundo, tendo este ano sido contemplado o nosso país. A 19ª edição da "ECOTOPIA", marca assim a passagem por Portugal de um movimento que teve início em viagens organizadas por alemães e suecos, com o objectivo de salvar as antigas florestas europeias.

Por aqui, não acampariam com certeza, porque não existe floresta alguma para preservar, a não ser o "eucaliptário", como um dia disse o António Luís no "Jogo de Possíveis".

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

PINTURAS DE VERÃO


Passei por aqui e gostei do que vi.

PACTO DE COOPERAÇÃO PARA A SOLIDARIEDADE SOCIAL

"...Novo Modelo de Cooperação onde ficou definida a construção conjunta «de um novo modelo de cooperação cujo pressuposto é a garantia do apoio às famílias por parte do Estado, assegurando a diferenciação positiva no acesso dos cidadãos aos serviços e equipamentos sociais e salvaguardando a sustentabilidade das instituições através da definição de um valor de referência para cada resposta. Este novo paradigma vem combater a discriminação negativa e criar um factor de maior equidade e justiça social». Este Acordo estabelece as bases de um projecto que visa melhorar o modelo contra eventuais disfunções que possam permitir algum tipo de selecção negativa, desenvolvendo padrões de qualidade no acesso dos cidadãos em maior risco de exclusão, aos equipamentos e serviços sociais..." - Portaria n.º 81/2007 de 8 de Agosto.

O ASSALTO À TORRE BELA


Começou por "acidente" como diz Thomas Harlan. Depois, transformou-se num documentário que deu origem ao filme que se estreou nas salas portuguesas na passada quinta- feira
Gostei da forma como todos decidiram não cruzar os braços e, acima de tudo, de ouvir o Zeca Afonso com o Vitorino a cantarem "Grândola Vila Morena" para uma plateia que não tinha consciência alguma de que aquela tomada de posição, no contexto social da altura, tinha um significado ímpar no reforço dos ideiais que criaram e alimentaram a revolução que ocorrera 5 semanas antes e que se chamou "Revolução dos Cravos", sua contemporânea portanto.
Apesar de ainda não o ter visto, a pequena apresentação que tive oportunidade de conhecer, aguçou-me a vontade de o ver na totalidade.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

ROMANCE EM POESIAS

Ou porque foi vítima de um acidente e esteve hospitalizado, ou porque esteve preso e encarcerado, ou porque algum amigo seu morria ou chegava do ultramar, tudo era motivo para escrever uma cantiga ou outra. Não esquecia aqueles que lhe faziam bem e os versos que lhes dedicava eram da sua autoria. Retratava aquilo que via, e descrevia as vivências de uma vida dedicada, na sua maior parte, à música e ao seu acordeão, quando os tempos eram de grandes privações e quando encontrar um animador era como encontrar uma grande fortuna, porque, acima de tudo, era ele que alegrava o coração e rejuvenescia a alma.

Entre "viras" e "marchas", entre "poesias" e "dedicatórias" lá foi passando para o papel aquilo que mais sentia nos momentos de grande tristeza ou de maior alegria. A (única) obra de sua autoria encontra-se reunida numa edição a que chamou "Os passos da minha vida", dactilografada e impressa por João Abrantes em 1985, e nela fui encontrar, em verso, a alma da gente simples e devota que não dispensa uma ida à romaria onde, invariavelmente, se dançavam e cantavam as músicas de António Soares Marques, cantador e tocador, como gostava de se identificar.

Nasceu a 10 de Março de 1919 em Pinheiro de Ázere, Santa Comba Dão, casando aos 25 anos com uma moça da povoação de Sobral, São Pedro de Alva. Hoje vive os dias que lhe restam em São Pedro de Alva no lar para idosos da Fundação Mário Cunha Brito. Se hoje fosse mais jovem, com toda a certeza acompanhava o Ruizito em divertidas e incansáveis garraiadas, às quais eu dificilmente faltaria.

PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA

Em 6 de Agosto de 1945, foi lançada a 1ª bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, pelo bombardeiro norte-americano Enola Gay.
Causou a morte a cerca de 140 mil pessoas, sendo que 90% sucumbiram quase instantaneamente.
A segunda bomba atómica foi lançada a 9 de agosto de 1945, sobre a cidade japonesa de Nagasaky.
No dia 15 de Agosto do mesmo ano, o Japão rende-se aos E.U.A., perante a morte de mais de 253 mil pessoas.
Hoje, 62 anos passados sobre aquele fatídico dia, o primeiro ministro japonês, disse o seguinte: "O Japão seguiu o caminho da paz nos 62 anos que decorreram desde a II Guerra Mundial. As tragédias de Hiroshima e Nagasaki não devem repetir-se nunca em nenhum lugar da terra"

sábado, 4 de agosto de 2007

HOSTILIDADES - O INÍCIO (?)

Aníbal Cavaco Silva vetou o diploma que o Governo pretende aprovar e que procura alterar os Estatutos do Jornalistas. Tal como referiu, decidiu não promulgar aquele diploma, com base nestes fundamentos .
Relativamente à não recondução de Dalila Rodrigues como directora do Museu Nacional de Arte Antiga, o Presidente da Republica referiu que o país não se pode dar ao “luxo de prescindir dos que revelaram já as suas altas qualificações e que deram provas das suas responsabilidades", dizendo ainda ter ficado "muito surpreendido com a notícia" porque conhece "muito bem o trabalho da dra. Dalila à frente do Museu Nacional de Arte Antiga".

Numa altura em que, por um lado, (tanto) se apela à necessidade de garantir os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, surge aquilo que se considera ser uma ameaça ao exercício da profissão de jornalista, designadamente quanto à quebra do sigilo profissional, aos requisitos de capacidade para o exercício da profissão e ao regime sancionatório instituído e por outro se apela (tanto) à necessidade de premiar a competência em detrimento da antiguidade na administração pública, acho que foi muito bem vinda a tomada de posição de Aníbal Cavaco Silva relativamente ao diploma vetado e relativamente à não recondução de uma funcionária do Ministério da Cultura que apenas apresentou bons serviços no lugar que ocupou até ser dispensada, facto que (até) levou ao aparecimento de uma petição em seu apoio.

São duas situações que poderão provocar algum mal-estar entre a Presidência da Republica e o Governo, e que me fazem lembrar o clima de hostilidade que se viveu na altura em que Cavaco Silva era Primeiro-Ministro e Mário Soares Presidente da Republica. Esperemos que seja apenas uma coincidência, que a situação seja pontual e que aqueles órgãos de soberania de dêem muito bem, pois, a não ser assim, fica-se com a sensação de que vem aí um longo ajuste de contas, o que nem calhava nada mal ao P.S.D., ansioso que está por voltar ao poder, numa altura em que se prepara para largar as muletas e começa a ver uma luz ao fundo do túnel para resolver as fortes lutas intestinas que o têm atormentado desde que está na oposição.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

REFÚGIOS DE CÁ

Para quem não aprecia (muito) as praias à beira mar, pode optar por uma das muitas praias fluviais que temos na nossa região. Uma iniciativa da Região de Turismo do Centro deu a conhecer as praias fluviais que existem no nosso distrito e que foram galardoadas com a "Bandeira Azul". Por isso, se está farto das confusões, das filas intermináveis e do calor abrasador que normalmente nos acompanham nas praias junto ao mar, dê uma escapadinha e descubra a praia fluvial que mais lhe agrada para passar um fim-de-semana ou até, quem sabe, umas pequenas férias em ambiente refrescante e recatado onde irá sentir a falta (ou não) do barulho interminável das ondas e dos constantes apelos à "bolacha americana".
Poderá desde já pensar em traçar o percurso pretendido, bastando para isso consultar este folheto que, com toda a certeza, irá ao encontro das suas expectativas. Pena é que dele ainda não faça parte a "Praia do Reconquinho".

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

TALVEZ TARDE DE MAIS


Foram necessárias mais de 300 mil mortes e mais de dois milhões de desalojados para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovasse, finalmente, por unanimidade a constituição de uma força militar conjunta da ONU e da União Africana (UA) a enviar para o Darfur, região do oeste do Sudão onde desde 2003 ocorre uma violenta guerra civil.
A resolução 1769 autoriza a formação de uma força denominada UNAMID, constituída por 26 mil soldados e polícias, com o objectivo de pôr fim a uma das mais sangrentas guerras civis que ainda duram no continente africano.
Um exemplo típico de dividir para governar onde as tribos nómadas locais (Janjaweed) foram armadas pelo exército de Cartum (maioritariamente islâmico), para lutarem contra os grupos rebeldes auto intitulados defensores dos direitos das populações negras locais.
Esperemos que tudo não passe de uma resolução de “boa vontade” só para calar os mais contestatários e que, de uma vez por todas, a O.N.U. ponha em prática as medidas necessárias para diminuir os conflitos que todos os dias grassam por esse mundo, já que não pode (porque não a deixam) acabar com eles todos.

PENACOVA, ZONA DE TURISMO A 25 KM DE COIMBRA


Não deixe de visitar, vai ficar supreendido com as singularidades que por lá vai encontrar.

terça-feira, 31 de julho de 2007

(MAIS) UM RUDE GOLPE NA NATUREZA

Incompreensivelmente, e após tanta campanha de sensibilização realizada pelas mais diversas entidades, ainda existe quem, por ficar insatisfeito com a resposta do patrão, se vingue na natureza. A maior catástrofe ecológica de que há memória nas ilhas Canárias (Espanha), está a acontecer, neste preciso momento, devido a um acto tresloucado de um guarda-florestal que, por não lhe ter sido renovado o contrato de trabalho, decidiu atear um incêndio que já destruiu, desde sexta-feira passada, uma área superior a 24 mil hectares de floresta e desalojou mais de 6000 pessoas.
As consequências reais só poderão ser apuradas a final, como é lógico, mas os primeiros números, apontam para a destruição de cerca de 65% do centro do Parque Zoológico e Botânico de Palmitos Park, situado da zona de Fataga, província de San Bartolomé de Tirajana (Tunte) da ilha maior daquele arquipélago.
São atitudes que a justiça dos homens, por mais anos que obrigue aquele indivíduo a passar na prisão, nunca conseguirá apagar da memória daquelas pessoas os momentos de angústia e desespero passados, provocados pela irreflexão e a revolta.
Esperemos que a moda não pegue porque, a ser assim, num país como o nosso onde os patrões andam em luta constante com os trabalhadores, não faltariam motivos para incendiar Portugal.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

CABEÇAS DE VENTO


Por uma larga maioria (65%) venceu o "sim" à instalação de um parque eólico na Serra da Atalhada. Significa que, apesar de ter havido alguma abstenção, as pessoas que por aqui passaram e deixaram o seu contributo, concordam com a instalação daquela infra-estrutura, numa altura em que se apela a um consumo racional de energia e se procuram alternativas aos combustíveis fósseis.
O processo de aproveitamento eólico para gerar energia eléctrica através da instalação de geradores naquela elevação, remonta ao ano de 1996, altura em que foi estabelecido um acordo de parceria com uma empresa do ramo. Desde então, o processo têm-se arrastado sem que algo prático tenha surgido.
Será que a necessidade de utilizar o vento para benefício da comunidade do nosso concelho parou quando a farinha começou a ser obtida através de outros processos que não o moinho de vento ou será que, à semelhança do que está a acontecer com a instalação de relvado sintético, ainda não decidiram em qual das serras é que aqueles geradores de energia deverão ser instalados?
Por este andar, ainda hão-de vir outros municípios arrendar a Serra da Atalhada para produzir energia eléctrica. Digo isto porque aqueles que nos são limítrofes já instalaram os seus, excepto Vila Nova de Poiares que deve estar à espera que os daqui se decidam, para depois avançar em força, como de costume.

domingo, 29 de julho de 2007

ATLETAS DO NOSSO CONTENTAMENTO


Já não nos espanta ver a nossa bandeira ser içada no mastro central do pódio olímpico. Primeiro com Carlos Lopes em Los Angeles no ano de 1984 e depois com Rosa Mota em Seul no ano de 1988. Hoje, e no rescaldo do Triatlo de Penacova, a nossa recordista nacional da modalidade, Vanessa Fernandes, filha do ciclista português vencedor a Volta a Portugal de 1984, Venceslau Fernandes, poderá ser a próxima atleta a experimentar aquela sensação ao ter conseguido o apuramento para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, com a vitória obtida na Taça do Mundo de Triatlo de Salford em Inglaterra. A sua presença na prova rainha vai aumentar a esperança dos portugueses em ouvirem, uma vez mais, "A Portuguesa" a ser entoada por todos os que sentem esta ditosa pátria, estejam onde e como estiverem, e a emocionar aqueles que sempre acreditaram nas capacidades da tetracampeã europeia de triatlo e campeã do mundo de duatlo que só nesta época somou já o seu quarto triunfo, após as vitórias em Ishigaki (Japão), Lisboa e Madrid, a juntar às suas 17 vitórias em provas da Taça do Mundo.

Parabéns Vanessa que sigas em frente até à meta.

sábado, 28 de julho de 2007

TÍMIDO INCENTIVO


Com o objectivo de incentivar a diminuição do consumo energético e consequente diminuição das emissões de CO2, a E.D.P. lançou um programa de acção para a promoção da eficiência no consumo de energia disponibilizando-se para oferecer às famílias portuguesas um total de 500 mil lâmpadas. Segundo um responsável daquela empresa, tal iniciativa, «vai permitir às pessoas experimentar os benefícios de ter lâmpadas eficientes».
É de louvar a preocupação ambiental do maior grupo português de produção energia eléctrica, até porque é o primeiro a sentir os efeitos nefastos do consumo exagerado de energia pois tem que cumprir (?) as directivas europeias e só promovendo acções deste tipo é que, aos poucos, vai incutindo no seio das famílias a necessidade de poupar. Porém e porque não há bela sem senão, a E.D.P. esquece-se de um factor deveras importante e que, na altura de decidir, acaba por pesar mais do que o respeito pelo ambiente.
O custo médio de uma lâmpada fluorescente compacta (economizadora) é de 10 euros e o de uma lâmpada incandescente convencional é de 1,50 euros. A primeira tem um tempo de vida útil de cerca de 10.000 horas e consome menos 80% de energia e a segunda não dura mais que 1000. Se uma habitação unifamiliar tem, em média, 15 lâmpadas incandescentes, para efectuar a troca de todas elas, teria que gastar cerca de 150 euros, menos 10 euros, tendo em conta que apenas era possível trocar uma única no âmbito daquela campanha de incentivo. Claro que ao fim de alguns anos a diferença de consumo e a poupança em energia é bastante significativa, acabando por justificar o investimento, mas não acho que essa seja uma prioridade de quem tem uma casa para governar e tem que contar todos os tostões até ao fim.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

ATÉ QUANDO?













Em 2004 foram detectadas várias anomalias na estrutura do pontão da "Ribeira de Valbom" que, a serem ignoradas, poderiam causar algum (grave) acidente na E.N. 110 (Estrada Verde) que liga Penacova a Coimbra. Tal degradação ter-se-á acentuado desde que, por causa da construção do IP3, o trânsito de veículos pesados, e bem carregados, se passou a fazer por aquela estrada, a ponto de atingir níveis preocupantes, sem que (aparentemente) alguém se preocupasse em fazer uma inspecção constante e adequada ao estado de conservação da mesma.
Após o escoramento (provisório) daquele pontão, que durou até 2006, as obras de recuperação e restauração do dito, cujo prazo de execução era de 180 dias e o custo total de cerca de 400 mil euros, foram entregues a uma empresa de construção civil e obras públicas, com sede em Penacova, que entretanto faliu.
Actualmente as obras encontram-se paradas, o local muito mal sinalizado e a (provável) continuação das mesmas desconhecida. É pena que a situação assim permaneça, numa altura em que o trânsito de veículos ligeiros já por ali se faz (de novo) com alguma frequência, desconhecendo-se as condições de segurança em que se encontra aquela infra-estrutura e até que ponto é aconselhável sobre ela transitar. De referir que o limite à circulação imposto a veículos com peso superior a 10 toneladas, não se aplicou aos veículos de transportes de passageiros que diariamente por ali transitam, facto que preocupará (ou não) aqueles que neles se deslocam e os responsáveis pela realização daquelas "carreiras".
O mínimo que se esperava das entidades responsáveis pela resolução daquele problema era que, ao menos, lá fosse colocado um simples "desculpe o incómodo" já que o "prometemos ser breves" não se adequava aquela situação.
Só espero que as trancas não sejam apenas colocadas depois da porta arrombada, e que depois não gritem “aqui del’rei” por nunca se terem preocupado com o estado da situação, acabando a culpa por morrer solteira, como é tão comum acontecer neste país.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

XV TRIATLO DE PENACOVA


A praia fluvial de Reconquinho é o ponto de partida para a 15ª edição do Triatlo de Penacova, disputada domingo, dia 29, a partir das 11h00, nas distâncias de 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 6,4 km de corrida. Esta etapa do circuito nacional, é organizada pela Câmara Municipal de Penacova em parceria com a Federação Triatlo de Portugal e com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Penacova, do Centro de Saúde de Penacova, do Clube Terra e Água de Penacova, do Grupo de Escuteiros e Jovens do Concelho (de Penacova???) e com o apoio da Água das Caldas de Penacova.
Uma prova com estas características, ainda por cima com o apoio técnico directo da federação que superintende aquela modalidade, promete, à semelhança dos anos anteriores, ser mais uma edição que vem potenciar o aproveitamento dos nossos recursos naturais, tão adequados à prática deste género desporto e onde todos os que nela participam vão encontrar, por entre montes e vales, o palco ideal para transformar este desafio num espectáculo ao qual se deve assistir com verdadeiro interesse e sempre tendo em conta a nossa segurança e a dos outros.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

O HOMEM DA BARCA


Temi, tal como muitos penacovenses com quem tive oportunidade de conversar acerca do assunto, que a (nossa) Barca Serrana, símbolo incontornável de Penacova, fosse definitivamente esquecida num qualquer lugar junto ao rio, ou por desinteresse da nossa autarquia ou por terem desaparecido aqueles que a sabiam fazer e restaurar. Contudo, ainda bem que nada se passou que levasse aquela embarcação a ter o fim que eu e muitos outros previram, muito pelo contrário, tanto a barca que se encontra na rotunda junto ao IP3, como a que "passa" todo o ano dentro de água, foram exemplarmente recuperadas por um artífice do nosso concelho que pôs mãos à obra e, no seu "estaleiro", devolveu aquele ícone aos penacovenses e aos que nos visitam, para que todos possam apreciar o meio de transporte que tantas vezes subiu e desceu o Rio Mondego e que serviu durante décadas de ligação entre esta vila e as aldeias que junto ao rio foram sendo edificadas e entre estas e a cidade de Coimbra ou da Figueira da Foz.
Agora, e como está tão vistosa e elegante, só falta levá-la a participar no "I Encontro Internacional de Embarcações Tradicionais e Exposição de Apetrechos", onde vai poder "ombrear" com dezenas de outras embarcações suas congéneres de Portugal, França e Espanha. Esse evento, decorre em Aveiro desde o dia 23 e até ao dia 29 deste mês, e encontra-se inserido nas "Festas da Ria" daquela cidade, cujo encerramento será marcado com a já habitual, e sempre espectacular, Regata de Moliceiros.

domingo, 22 de julho de 2007

IBÉRIA - JANGADA DE PEDRA

Em 1986, José Saramago lança um dos seus romances mais conhecidos. Com "A Jangada de Pedra", o galardoado escritor "obriga" os dois Estados Ibéricos a coabitarem politica e socialmente e a fortificarem os seus laços de sangue, pois a Península tinha-se separado do resto da Europa, ficando à deriva no imenso Atlântico, não restando por isso, qualquer outra possibilidade, senão a coexistência pacífica.
Na sua mais recente visita a Espanha, O Nobel da Literatura insiste na ideia de que Portugal e Espanha se devem integrar num único país a que se deve dar o nome de Ibéria. Claro que a ideia não é nova, tem até séculos de existência e, lá no seu intímo, a nossa vizinha Espanha, sonha com essa união e não consegue "engolir" aquilo a que chama de "erro histórico". Até Mário Soares, em tempos, fez uma abordagem à realidade da Península Ibérica (Ibéria como lhe chamou) no contexto europeu.
As declarações de Saramago, provocaram, como não podia deixar de ser, as mais diversas reacções, levando até Manuel Alegre a exigir um pedido de desculpas ao povo português.
Seja como for, e segundo a opinião de alguns comentadores dos mais destacados meios de comunicação social europeus, "qualquer tentativa de unir Portugal e Espanha, é motivo de contestação" por parte dos lusitanos.
Quanto a mim, acho muito bem que os "nuestros hermanos" se mantenham "para lá das silvas", não que eu tenha algo de pessoal contra eles, mas só pelo simples facto de assim sempre ter sido.
Apenas me custa aceitar o superior nível de vida que eles têm em relação ao nosso e que, pelo andar da carruagem, vão continuar a tê-lo durante muitos mais anos, daí que, de vez em quando e com cada vez mais frequência, o povo português se detenha a imaginar essa (possível) realidade .

ICENTIVO À NATALIDADE

A propósito do envelhecimento da população, num dos meus zappings pela blogosfera, encontrei aqui uma opinião com a qual simpatizei. Às vezes, somos levados a pensar em problemas que não existem, pelo menos com a gravidade com que nos são, muitas das vezes, apresentados.

sábado, 21 de julho de 2007

PEQUENAS COISAS, GRANDES CONSEQUÊNCIAS...


Por incrível que pareça, não conhecia a localidade de "Gondolim" mas, na verdade, fiquei com a ideia de que a freguesia de Penacova, tinha ganho mais uma localidade, a julgar pelo nome inscrito na placa que indica a direcção a tomar para aquele lugar.
Preocupei-me em verificar, se de facto não se tratava de um lapso de quem encomendou, pagou e, ainda por cima, autorizou que, mesmo assim, fosse colocado aquele nome a indicar o caminho a tomar para aquela aldeia.
Ninguém me soube dizer se realmente se tratava de um lapso ou se o concelho de Penacova tinha realmente descoberto, ou inventado, uma nova localidade, daí poder concluir que alguém se tinha enganado na elaboração da placa e que, em vez de "Gondelim", escreveu "Gondolim".
Não pretendo, de modo algum, criticar a pessoa que teve o cuidado de fazer as coisas como lhe mandaram, critico sim quem mandou fazer e, ainda por cima, não teve o cuidado de mandar rectificar o que estava mal feito, permitindo que aquela placa fosse colocada naquele sítio sem que, ao menos, tivesse a preocupação de mandar corrigir o lapso, para que não restassem dúvidas acerca do verdadeiro nome daquela localidade.
Não me canso de dizer que, um concelho para ser considerado turisticamente viável, não se pode dar ao luxo de fazer as coisas em cima do joelho. Quem dirige, necessita de ter coerência nas tomadas de decisão, certeza nas orientações a tomar e, acima de tudo, preocupação em fazer as coisas com competência e lucidez. Se assim for, podemos pensar em ser um destino turístico para um sem número de pessoas, caso contrário, não passamos da cepa torta e continuamos a marcar passo vendo os outros evoluir sem muitas das vezes percebermos porquê.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

O ESTADO DA NAÇÃO (ANTES E AGORA)

Aníbal Cavaco Silva, enquanto 1º ministro da maioria Social Democrata em 01 de Julho de 1993, respondeu como soube e defendeu como pôde, às perguntas da então oposição liderada pelo Partido Socialista.
As posições tomadas e as declarações prestadas por aquele 1º ministro, são tão semelhantes às que o actual chefe do executivo tomou e defendeu no debate parlamentar que hoje teve lugar na (nossa) Assembleia da Republica que, se eu não as tivesse lido, não teria acreditado. Vejamos então o que Cavaco Silva disse na altura:
«Estamos conscientes das enormes dificuldades que se nos deparam. Como alertámos na campanha eleitoral, o momento que se vive não é para facilidades. Sabemos bem, e o povo português também o sabe, que iremos governar Portugal no quadro de uma envolvente internacional bem complexa e cheia de interrogações. A intensidade da crise económica foi-se revelando progressivamente mais grave, o que gerou sucessivos ajustamentos de previsões por parte das instâncias internacionais. O Governo tomou medidas adequadas às circunstâncias tendo presente o quadro de interdependências em que nos inserimos. Estou convencido de que as dificuldades actuais podem ser vencidas com inteligência, determinação e firmeza de propósitos. A continuidade do desenvolvimento passa, antes de mais, por um espírito positivo acerca das nossas capacidades e pela criatividade, pela inovação e pelo dinamismo das empresas portuguesas. Ao Estado compete, fundamentalmente, fixar o quadro estável e seguro onde essa criatividade, essa inovação e esse dinamismo se possam manifestar e expressar cabalmente. É nas épocas de grande turbulência e de grande perturbação, quando alguns perdem o discernimento e outros perdem até a cabeça, que é mais importante manter uma direcção segura e mobilizar as melhores energias nacionais...
...o Governo traçou uma linha de rumo adequada para a política económica, assente em quatro grandes orientações, e cuja materialização implica uma consciência plena dos agentes económicos e sociais sobre aquilo que está hoje em causa no Portugal europeu...

Disciplina financeira e a contenção orçamental, sobretudo o controlo das despesas correntes do Estado...
Estabilidade cambial e o combate à inflação...

prosseguimento das reformas estruturais...

Abertura ao diálogo, o estímulo à concertação social, o reforço da solidariedade e o combate à exclusão social. Este ano não foi possível atingir um acordo entre os parceiros sociais que fixasse uma norma salarial aceitável, mas o Governo assumiu a responsabilidade de sugerir a moderação salarial, com vista à defesa do emprego e ao reforço da competitividade das empresas portugueses...»

As sucessivas interpelações de que foi alvo por parte da oposição foram, como de costume, recheadas de momentos carregados de emoção onde cada um condenou a actuação do executivo de então. Agora que as posições se inverteram, o discurso continua a ser o mesmo e, como é bom de ver, as coisas que pediam na altura ao povo português, são as mesmas que pedem actualmente, portanto, no parlamento nada de novo...

Todo o debate e as perguntas e respostas dele decorrentes, podem ser lidas, na sua totalidade, aqui.

SE OS DOENTES NÃO VÃO AO CENTRO DE SAÚDE...

Há pouco mais de dois anos, foi criado em Mortágua um serviço móvel de saúde vocacionado para a prestação de cuidados de prevenção, vigilância e cuidados primários de saúde. Desde então, foram já realizadas cerca de 20.000 consultas, na sua maior parte em pessoas idosas e com menor facilidade em aceder ao centro de saúde daquela vila.
Numa altura em que todos contestam e lamentam o fecho das unidades de saúde, vaticinando os piores cenários para as populações que ficam privadas de tais serviços, outros há que, bem perto de nós, e em estreita colaboração com as instituições mais vocacionadas para acções dessa natureza, procuram chegar aos mais vulneráveis com o objectivo de, através dessa iniciativa, minimizar os efeitos nefastos do encerramento de tais unidades.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

A RUA DOS P's

Em Penacova, como em qualquer outra localidade, as ruas conhecem-se pelos nomes, uns mais adequados que outros, é certo, mas quase todos associados a algum facto ou a alguém que, pela sua importância, mereceu tal atenção. Porém, como penacovense, nunca tive conhecimento que algum edil se lembrasse de colocar uma placa toponímica que indicasse o início e o fim da Rua dos P’s.
Para os menos esclarecidos a citada rua começa na casa de um (ex) Pedoda, passando pela casa de um Peneira (Silvério Latoeiro), continua por ali acima e passa pela casa dos Pais, dos Palmiras, dos Patos, dos Pensos, dos Padolas, dos Pintores, dos Palinhos, dos Panchos, dos Pintos, dos Parentes, terminando na casa dos Parrós.
Sem dúvida uma rua profusamente composta por famílias cujas alcunhas começam por P e que, por tal facto, além do nome que lhe foi, administrativamente, atribuído merecia essa referência.
Pode ser que apareça por aí um candidato mais atento a estas coisas da nossa terra, que se lembre de fazer referência a essa singularidade.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

MANUAIS ESCOLARES REUTILIZÁVEIS

"...Com a publicação da Lei n.º 47/2006, de 28 de Agosto, aprovada pela Assembleia da República na sequência de proposta de lei apresentada pelo Governo, satisfez-se o compromisso assumido no Programa do XVII Governo Constitucional de lançamento de um sistema de avaliação e certificação de manuais escolares com a finalidade de garantir que cumprem de forma adequada a sua função e de proporcionar novas formas de utilização que sejam mais racionais e menos dispendiosas para as famílias.
Esse compromisso fundamentou-se no reconhecimento de que os manuais escolares, apesar da prevalência de uma cultura pedagógica que preconiza a produção e adaptação dos materiais de ensino diferenciados que possam responder à singularidade de cada escola, de cada turma ou mesmo de cada aluno, e da mais recente difusão de recursos didácticos complementares em novos suportes ou por novos meios, continuam a ser na prática instituída um instrumento fundamental do ensino e da aprendizagem. Baseou-se, do mesmo modo, esse compromisso no entendimento de que a retracção da intervenção reguladora do Estado, propiciando a proliferação de manuais escolares, impediu a realização de um trabalho rigoroso de avaliação e conduziu à reprodução de formas pouco razoáveis de utilização, prejudicando de facto a igualdade de oportunidades. Os manuais tornaram-se objectos descartáveis, porque efectivamente impossíveis de reutilizar, mas ao mesmo tempo dispendiosos, representando um encargo significativo para as famílias, em particular para as de menores recursos, que a comparticipação financeira do Estado e das autarquias locais tem procurado minorar, mas nem sempre tem permitido compensar cabalmente..."

IRRESISTIBILIDADE PLAGIANTE

Houve alguém, que a propósito de uma reacção minha a um plágio feito pelo mouramorta.blogspot.com a um artigo do entr'outras coisas, fez um comentário que, por ser tão sincero, tão consciente, tão urbano e tão objectivo, não resisti a partilhá-lo convosco.

Sou totalmente contra todo o tipo de má educação, daí que não possa ficar indiferente tanto às palavras escritas pelo senhor anónimo como senhor Anselmo que acabam por se resumir ao mesmo uma total falta de respeito pelos outros além de se sentirem donos da justiça, podendo desta forma julgar os outros.
Acho mal que o blog tenha escrito sem dizer de onde era proveniente a fonte, pese embora o facto de existir uma hiperligação, facto sobre o qual alguns cibernautas não têm conhecimento.
Vamos pensar que são estas as poucas ferramentas que as nossas pessoas no estrangeiro têm para estar em contacto diário com a sua terra com as suas gentes e com o que lá se passa. Se calhar já pensaram que quem escreveu no blog da Moura Morta não escreveu a fonte por esquecimento, ou o Senhor Pedro Viseu quando escreveu o comentário fê-lo em forma de desabafo.
Centrem-se no que é importante, façam isso por vocês e por nós, obrigado.

João S. Campos

terça-feira, 17 de julho de 2007

segunda-feira, 16 de julho de 2007

DEMOCRACIA PODRE

As eleições autárquicas para a Câmara de Lisboa do passado domingo só vieram demonstrar, mais uma vez, que as pessoas estão cada vez mais afastadas dos partidos políticos e dos seus representantes.
Sem surpresas, o Partido Socialista foi o mais votado e, com (bastante) surpresa, o Partido Social-democrata foi o que teve os piores resultados de sempre, situação nada condizente com a sua posição de maior partido da oposição.
Os eleitores estão fartos de políticas sujas e de políticos incompetentes que apenas olham para o poder como forma de obter benefícios para si e para os que com eles andam em campanha eleitoral. Por essa via, apenas a força política mais bem organizada, com maior capacidade de mobilização dos seus militantes e com maior proximidade com o poder instalado é que melhores resultados obtém nas eleições a que concorrer.
De qualquer maneira, quem saiu, mais uma vez, vitoriosa deste acto eleitoral foi a abstenção, atingindo os quase 63% dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais. A este ritmo, qualquer dia não são necessárias eleições e os nossos governantes são escolhidos e eleitos por um grupo de notáveis a quem o país (ou parte dele) delegou essas competências por ser impossível eleger quem quer que seja através do sufrágio universal.
Só não compreendo porque motivo é que as pessoas, em vez de se absterem de decidir, não optam por votar em branco. Assim, mantinham saudável a democracia, não permitindo que outros decidissem por eles, e não corriam o risco de ficarem insatisfeitos com as decisões dos eleitos, legitimando as suas críticas por as políticas levadas a cabo pelos sucessivos governos não corresponderem às suas expectativas. Mais importante ainda, respeitavam a memória daqueles que deram a vida na luta pelo direito ao voto, quando votar era privilégio só de alguns e para alguns.
Não me espantaria, portanto, que daqui a uns tempos, votar fosse obrigatório e que, quem não o fizesse, perderia parte dos direitos que adquiriu em democracia, por não contribuir para a sustentabilidade (continuidade) do sistema em que o "governo é do povo, pelo povo e para o povo" e que só sobrevive com o voto.

domingo, 15 de julho de 2007

QUANDO O MUNDO ERA SÓ DE DOIS

O Tratado de Tordesilhas, foi assinado entre Portugal e Espanha no ano de 1492 e encontra-se exposto, desde a passada quinta-feira, na Torre do Tombo, em Lisboa.

Imagine como seria quando o mundo era só de dois.
Quando estavam zangados, ia cada um para o seu lado do mundo;
Quando faziam as pazes, cada um ficava no seu lado sem incomodar o outro e, algumas vezes, visitavam-se mutuamente;
Dificilmente se cruzavam por ser demasiado grande o lado de cada um;
Quando pretendiam comunicar entre si, bastava apenas “irem ao outro mundo” ou “ao mundo ali ao lado”;
Quando avistavam alguém, não era difícil identificar quem era. Ou era deste ou do outro mundo;
As mulheres deste mundo, levavam os homens até ao outro e vice-versa;
Quando queriam viajar só havia uma dúvida, ficar neste ou ir para o outro mundo;
Quando estavam muito calados, os monarcas "estavam no seu mundo";
Era fácil e compreensível que se usasse com frequência a expressão "vai para o outro mundo";
A expressão "almas do outro mundo" terá surgido na vigência daquele tratado, pois, quando lutavam entre si, os deste mundo diziam "vêm aí os do outro lado, que as suas almas vão para o outro mundo".

quinta-feira, 12 de julho de 2007

O SENHOR QUE SE SEGUE

A vida do Partido Socialista de Penacova não está nada fácil, compreende-se...
Há dois meses, o histórico Ralha Ribeiro foi forçado a pedir a suspensão do mandato, como vereador do P.S., por motivos de saúde. Na passada segunda-feira, Álvaro Manaia Pinheiro, cabeça de lista pelo P.S. de Penacova nas últimas eleições autárquicas, viu o seu mandato interrompido, por ter falhado a entrega da exigida declaração de rendimentos.
Sopram ventos de tempestade para os lados de Santo António, em tão pouco tempo o P.S. perde dois valiosos opositores à maioria, não morreram claro, que durem muitos anos e que eu cá esteja para ver.
A partir de agora, o Partido Social Democrata viaja em velocidade cruzeiro até às próximas eleições sem voltar a temer, as constantes e tempestuosas interferências que aqueles "saudáveis" opositores faziam em defesa dos interesses do concelho.
Mas, nem tudo é mau como disse Álvaro Pinheiro ao Diário de Coimbra de hoje: "a rotação entre elementos da lista, estava prevista desde o início do mandato".
Nada mais natural portanto. Só resta saber quem irá substituir tão ilustres vereadores.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A PRIMEIRA (GRANDE) FEIRA


Finalmente as empresas do concelho de Penacova vão ter oportunidade de se darem a conhecer na 1ª Feira de Actividades Económicas do Concelho de Penacova, que vai ter lugar em São Pedro de Alva, de 13 a 17 de Julho, no espaço onde habitualmente se realiza a feira daquela localidade.
É bom saber que existem autarcas empreendedores, capazes de pôr mãos à obra para conseguirem realizar eventos que beneficiam, não só a freguesia onde exercem o seu mandato, mas também o concelho a que pertencem. Só não percebo o motivo pelo qual tão importante certame não foi concretizado pelo executivo da nossa autarquia, com o apoio de todos as juntas de freguesia do concelho, tanto mais que, porventura, existiriam mais e melhores espaços para acolher as empresas do concelho. Digo isto porque, normalmente, um evento com estas características tem o envolvimento directo do executivo e não é delegado em juntas de freguesia mas em colaboração com elas, não que as juntas de freguesias e muito especialmente o Luís Miguel Adelino, pessoa por quem tenho grande estima, não tenham capacidade para realizar uma exposição daquela natureza, muito pelo contrário.
O que pretendo dizer é que, quem eventualmente fará falta ao executivo de Maurício Marques é uma pessoa como o Presidente da Junta da Freguesia de São Pedro de Alva, capaz de levar por diante um projecto com aquela dimensão num concelho onde nunca teve lugar algo semelhante, apenas contando com o apoio monetário da Câmara Municipal de Penacova, o que prova apenas que “a gestão do município está bem entregue, mas um bocadinho de arrojo não faz mal a ninguém” segundo palavras do próprio, em entrevista ao Jornal de Penacova deste mês.
Com tais declarações pouco mais há dizer sobre a falta de empreendorismo que caracteriza o nosso executivo e que se reflecte em tudo o resto que se passa no nosso concelho.
De qualquer maneira, felicito o Luís Adelino e toda a sua equipa, bem como todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram para que este acontecimento fosse uma realidade, fazendo votos para que seja um sucesso e para que se repita por muitos anos, com cada vez mais participantes e com envolvimento directo da nossa autarquia para assim ficarmos a saber, para o bem e para o mal, quem foram os responsáveis pela organização de tal iniciativa.

terça-feira, 10 de julho de 2007

O REAPARECIMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E BENEFICIÊNCIA PÚBLICA

1899 – Dr. Ricardo Jorge inicia a Organização dos “Serviços de Saúde e Beneficiência Pública”.
1901 – Regulamentada a Organização.
1903 – Entrada em vigor dos “Serviços de Saúde e Beneficiência Pública” apenas para assistência aos pobres, uma vez que os restantes tinham um serviço de saúde privado.
1946 – Com a Lei nº 2011 de 2 de Abril é estabelecida a organização dos serviços prestadores de cuidados de saúde então existentes (Hospitais das Misericórdias, Estatais, Serviços Médico Sociais, de Saúde Pública e Privados).
1971 – Com a “Reforma de Gonçalves Ferreira” surge o primeiro S.N.S., cabendo ao Estado, através de uma política unitária de saúde, assegurar o direito à saúde de todos os portugueses.
1974 – Criação do Serviço Nacional de Saúde, através do qual o Estado assegura a todos os cidadãos o direito à saúde, através da promoção, prevenção e vigilância.
1976 - Com o “Despacho Arnaut”, os postos da Previdência Social (mais tarde Segurança Social) ficam acessíveis a todos os cidadãos independentemente da sua capacidade contributiva.
1993 – Aprovada a nova Lei Orgânica do Ministério da Justiça.
1999 – Estabelecido o regime dos Sistemas Locais de Saúde.
2002 – Aprovação do novo regime de gestão hospitalar como profundas modificações na Lei de Bases da Saúde, que prevê, entre outros, o novo modelo de gestão empresarial dos estabelecimentos hospitalares.

Não é difícil concluir que, com as reformas em curso do S.N.S., daqui a algum tempo, será necessário reabilitar os “Serviços de Saúde e Beneficiência Pública” apenas para assistência aos pobres, uma vez que, tal como aconteceu até 1903, os restantes têm um serviço de saúde privado.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

IMAGINE II



Tal como vos disse há dias, a propósito da conversa que teria com um conhecido meu sobre a possível construção de mais uma unidade hoteleira em Penacova, tenho a comunicar-vos que, pela parte dele, foi muito bem acolhida a ideia de construir tal empreendimento. Claro que as dimensões não são por aí além, pois espaço disponível não é muito e as economias não chegam para construir algo mais arrojado, tanto mais que as instituições bancárias ainda não abundam por estes lados e, mesmo que assim fosse, não estariam ainda tão disponíveis para conceder facilmente um crédito.
De qualquer maneira, apresento-vos em primeira-mão a maquete da "Pensão Viseu" a construir, como previsto, um pouco acima do coreto. Tal maquete, estará patente, para que todos possam apreciar e discutir este novo projecto, no átrio dos paços do concelho.
Com esta mais valia, Penacova terá mais camas para oferecer aos turistas que para cá pretenderem vir em busca da pureza do ar e das águas. Só espero que, daqui a uns anos, a pressão imobiliária não "deite abaixo" esta obra e a substitua por uma “mamarracho” qualquer, não para servir os turistas, mas para servir outros clientes que não queiram por cá ficar.
Tomara que a consciência daqueles que na altura governarem os destinos de Penacova, esteja sensibilizada para a preservação do património imobiliário e não permita que, a troco de alguns milhares, os particulares ousem dispor de um bem que, em teoria, pertence a todos os que vivem nesta vila.

domingo, 8 de julho de 2007

QUANTO MAIS PRIMA...

Se Telmo Correia nunca tivesse aceite ser cabeça de lista pelo CDS/PP à Câmara de Lisboa, nunca teria tido a oportunidade de conhecer, ou reencontrar, uma sua prima que ele próprio desconhecia. Contudo, ao ser chamado de “primo” por aquela nova familiar, o homem não se acanhou e retribuiu-lhe o cumprimento, chamando-lhe igualmente “prima”.
É giro e reconfortante saber que estas coisas da campanha eleitoral trazem (agradáveis) surpresas àqueles que dão as duas faces da cara pela sua candidatura e que desatam aos beijos a todas as pessoas que com eles se cruzam. Só prova que, no caso de Telmo, a lição do “Paulinho das Feiras”, foi bem assimilada, apenas com uma ligeira diferença. No caso do Paulinho, não se consta que ele tenha arranjado um nova prima, consta-se sim que que irá andar várias primaveras a contas com a justiça.

MATAR COM A CURA

Na tentativa de sensibilizar os líderes mundiais para o problema do aquecimento global, os nomes mais sonantes do panorama musical do mundo participaram na edição do “Live Earth” que ontem terminou às 00.00, depois de ter ocorrido em várias cidades capitais do mundo, incluindo Lisboa. Contas feitas, parece que tal iniciativa contribuiu ainda mais para o aumento do efeito estufa porque, segundo os especialistas na matéria, produziu três mil vezes mais dióxido de carbono que a quota média de um cidadão britânico.
Parece que os promotores do evento não estavam à espera que os jornalistas ingleses desvendassem um segredo que, muito provavelmente, já todos conheciam só que nunca tinham pensado friamente nisso.
Terão os cientistas que encontrar uma forma de substituir as fontes emissoras de dióxido de carbono utilizadas naqueles espectáculos ou então, nos próximos tempos, vamos ter concertos rock à luz das velas, sem dúvida mais românticos mas muito menos apelativos.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

QUANTO MAIS ME BATES...


O assunto não é novo, mas chocou-me pelos números apresentados no mais recente relatório da Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género. Segundo o estudo apresentado por aquele organismo, os casos de violência doméstica em Portugal aumentaram cerca de 10% ao ano desde 2000, atingindo em seis anos, um acréscimo de 9433 casos denunciados.
O que eu sei, e o estudo também o denúncia, é que no ano passado 39 mulheres perderam a vida e 43 foram vitimas de agressão ou tentativa de homicídio e o que mais me incomoda, é o facto de todos os dias sabermos ou termos conhecimento de casos em que a mulher é constantemente agredida pelo marido ou, em alguns casos, até pelos próprios filhos. Todavia, como ainda continuamos a achar que “entre marido e mulher, não se mete a colher”, ficamo-nos pelo silêncio, optando por apenas comentar o resultado.
Esquecemo-nos é que também somos cúmplices, por omissão, dessas situações e desconhecemos que uma simples denúncia, às autoridades competentes, é suficiente para desencadear um procedimento criminal contra o agente do crime.
Às vezes “meter a colher” pode salvar uma vida inteira de medo e desespero e até evitar uma derradeira solução.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

MUNICIPIO REGRA (OU EXCEPÇÃO)

Uma tese de doutoramento apresentada por quem exerceu as funções de consultor, durante dois anos, na Câmara Municipal de Lisboa, resultou num furacão que assolou os paços do concelho da capital, ao tornar público o número extraordinário de funcionários que trabalham nos gabinetes e nas secretarias ou que deambulam pelos corredores daquela autarquia.
Segundo tal tese, naquele concelho, que abrange 53 freguesias, existem 300 departamentos e Divisões e 12 mil trabalhadores, portanto um rácio de 10 trabalhadores por 1000 habitantes. O quadro de chefias é composto por indivíduos com uma média de idade que se situa nos 50 anos e que faltam quase tanto ao trabalho como os subordinados (comparativamente, a nossa autarquia, que abrange 11 freguesias com cerca de 18000 habitantes, tem 8 departamentos que se subdividem em 33 divisões e um número não divulgado de trabalhadores).
O nível de escolaridade de metade dos trabalhadores é “muito baixo” o que justifica, ou ajuda a esclarecer, o recurso a serviços especializados fora da autarquia a preços exorbitantes (imagino eu).
Para justificar a deficiência dos serviços prestados pelo município, o autor do estudo revela uma divisão da cidade “completamente obsoleta”, a existência de “pequenos poderes arbitrários”, a negociação encapotada “entre os aparelhos partidários com expressão eleitoral” para atribuição de cargos de chefia e a progressão e promoção normal de funcionários, apesar da terem uma “deficiente cultura de responsabilidade e de serviço público”.
É um relatório demolidor para os que geriram aquela autarquia desde o 25 de Abril de 1974 e que apenas se limitaram a manter os funcionários que já lá estavam e a aceitarem novos sem recorrer a critérios de qualidade ou necessidade.
Será que Lisboa espelha o resto dos municípios do nosso país ou é apenas uma excepção à regra, sendo todos os outros exemplos de boa gestão?
Penso que, apesar de existirem algumas excepções, a regra é que todos eles, na devida altura, acabam por ceder à pressão da necessidade de manter os votos ou de arranjar mais alguns.
Era bom que, em cada município existisse um João Alves disposto a fazer uma tese sobre “Geografia Humana e Sociologia do Território”.

terça-feira, 3 de julho de 2007

"O OVO DE JAIME"

Afinal, a solução para a resolução dos problemas da Docapesca de Matosinhos, com um passivo de mais de 30 milhões de euros, é mais óbvia do todos pensavam e surgiu, imagine-se, quando o ministro da agricultura português, acompanhado pelo comissário europeu da saúde e segurança alimentar, lá se deslocou no âmbito do encontro com a comissão europeia, portanto, no local indicado.
Perante a indignação dos pescadores quanto à falta de discussão séria das questões que afligem as pescas, por todos fingirem que existem instituições que funcionam para apoiar os pescadores e por a União Europeia nada ter trazido que beneficiasse o sector, Jaime Silva, com a sua habitual parcimónia, respondeu muito simplesmente a um dos desalentados pescadores que “se quiser, peça para sair da União Europeia”. Ora aí está uma resposta vinda de quem está dentro do assunto, com perfeito conhecimento da forma com as coisas funcionam e que, ao ser posta em prática, vai com toda a certeza resolver os problemas do sector das pescas em Portugal, que tanto tem perdido para os parceiros europeus, em especial para a Espanha.
Sem dúvida o “Ovo de Jaime”.

E PORQUE NÃO?

“Educai as crianças e não será preciso castigar os adultos.”


Pitágoras

segunda-feira, 2 de julho de 2007

FORJA: PATRIMÓNIO ESQUECIDO (REVISITADO)


A história de cada terra e das suas gentes está indissociavelmente ligada às artes e ofícios que antigamente, e na falta de hipermercados, cada um levava a cabo, para contento dos que não se podiam deslocar para fora da sua terra. No nosso caso, é-nos familiar o barqueiro, do qual ainda vamos tendo algumas (pobres) referências, do sapateiro, do moleiro, do alfaiate e de tantos outros que podia referir e que, ainda hoje, continuam a laborar.
Penacova têm-se destacado na protecção e recuperação dos seus moinhos que, indubitavelmente, merecem o nosso maior carinho. Contudo, não nos podemos esquecer que outras actividades deixaram, até aos dias de hoje, os seus sinais e que, num caso ou noutro, vale a pena analisar, pois poderão vir a ser um pólo de atracção turística, ou não, tanto mais que se inserem numa zona histórica, recentemente recuperada ou, em vias de o poder vir a ser.
Ao passar junto à forja que existe próximo da Costa do Frio, em Penacova, não pude deixar de reparar que a mesma se encontra à venda e, pelo que fiquei a saber, há já alguns meses, sem que nenhuma entidade tenha, aparentemente, demonstrado interesse em adquiri-la.
Será que não valeria a pena tentar recuperar um património que, além, de ser de todos, ainda pode vir a enriquecer mais ainda o nosso centro histórico e ensinar aos nossos filhos a respeitar a sua identidade, as suas raízes e o seu património?

domingo, 1 de julho de 2007

PRESIDÊNCIA EUROPEIA (PARTE III)

Sob o lema "Uma Europa forte para melhorar o mundo”, Portugal iniciou hoje, pela terceira vez, a presidência da União Europeia quando, um pouco por toda a Europa, se assiste a uma vaga de atentados terroristas. Felizmente que as autoridades britânicas impediram a ocorrência dos três atentados destes últimos dias.
Tal situação fez com que a França e a Espanha se colocassem em alerta para prevenirem a possibilidade de ocorrerem, também, atentados terroristas no seu território.
O que me preocupa é o facto de, há poucos dias, ter sido encontrado junto à fronteira de Ayamonte um veículo carregado com mais de 100 quilos de explosivos. Quem seria o destinatário não sei, só sei que se o veículo não se tivesse avariado, ninguém o detectava e só Deus sabe o destino que lhes era dado.
Com tanta tentativa frustrada, não tenho a certeza se as autoridades vão conseguir detectar e evitar todos os (eventuais) atentados que aqueles grupos terroristas pretendam levar a cabo e, com Portugal à frente da União Europeia nos 6 meses que se seguem, sobram motivos para estar preocupado, pelo simples facto de ainda não ter conseguido esquecer que Portugal foi o anfitrião da "Cimeira dos Açores" e que três dos quatro países que nela participaram, pagaram caro o facto de terem decidido o que lá decidiram.
Só espero que tudo isso nos passe ao lado, que os mais vingativos se esqueçam do apoio que o governo português de então deu aquela ofensiva e que não nos incomodem com essas terríveis tomadas de posição, deixando o nosso governo concluir o tão ambicionado Tratado de Lisboa, que Sócrates elegeu como “prioridade absoluta”.

sábado, 30 de junho de 2007

MORTE NO RIO

Descer o Rio Mondego até à Misarela já não é novidade para quem habita junto às suas margens. Durante os meses de Verão, centenas de pessoas optam por fazer esse percurso.
Com ou sem experiência, não se sentem amedrontadas pelo facto de terem que o fazer, pois o rio, naquele troço, não é conhecido por ser perigoso ou por ter águas muito profundas.
Acontece que, ou por se facilitar ou por falta de segurança ou até por excesso de confiança, as coisas podem tornar-se bastante complicadas. Um simples descuido, um gesto mal calculado ou uma pequena distracção, são suficientes para criar complicações.
Hoje, ao início da tarde, o azar aconteceu. Uma jovem com cerca de 40 anos, perdeu a vida junto ao que resta do açude da Rebordosa quando se encontrava a efectuar a descida do rio. Não conseguiu sobreviver à força das águas e marcou de morte este dia que se pretendia de festa.
Será que o Rio Mondego é assim tão seguro para quem faz uma viagem daquelas?
Será que quem organiza aquela descida acautelou todas as medidas de segurança necessárias?
Será que é suficiente o número de indivíduos (experientes) que acompanham quem faz a descida?
Será que, ao longo do rio, existe sinalização suficiente para indicar os locais de mais perigosidade?
Será que são cumpridas todas as normas de segurança ou será que apenas se pretende ganhar dinheiro sem salvaguardar a integridade física das pessoas?
São tudo questões que nos assaltam o espírito e para as quais nem sempre temos resposta, pois só nos lembramos delas quando a desgraça acontece.
O que é certo é que, apesar de nunca ter acontecido (que eu me lembre), em circunstâncias semelhantes, a morte de alguém, o que é certo é que hoje aconteceu e, se até aqui não foram tomadas as devidas precauções, que a partir de hoje elas sejam tidas em consideração para que um episódio destes nunca mais se repita.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

IMAGINE


Por esta altura, Penacova aguardava ansiosamente o final do Inverno e dos dias cinzentos e chuvosos que fizeram dele um dos maiores de sempre. A ponte de madeira do "reconquinho" já estava quase a chegar à margem de cá e no areal estava quase terminada a "mega" operação de limpeza do que para ali foi arrastado pela cheia "real" desse ano.
O "Penacova Hotel" preparava-se para acolher as dezenas de "aristas" que, ansiosamente, procuravam a pureza do ar das serras, tão famoso pelas suas (quase milagrosas) qualidades terapêuticas, e o branco dos lençóis de linho que os confortavam durante a noite amena.
Nesta altura, já a Banda Filarmónica tinha criteriosamente ensaiado o hino de Penacova para, no coreto, saudar aqueles que, mais uma vez, nos visitavam.
Este ano, quando chegarem, encontrarão algo de diferente. Uma boa dezena de árvores que daqui a algum tempo, se as deixarem crescer, darão mais sombra àquele imenso terreiro.
Agora, tenho que acabar pois dirige-se para aqui uma pessoa com quem quero falar acerca da possível construção de uma nova unidade hoteleira em Penacova, um pouco acima do coreto. Sim, porque numa terra com tamanha aptidão para o turismo, temos que projectar novos investimentos e, além disso, quanto maior for a concorrência, melhor se torna a oferta. Talvez também lhe fale da possível criação de um casino para que as noites se tornem mais alegres e lucrativas, nunca se sabe.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

FALSO CRESCIMENTO

Descansem os mais pessimistas porque afinal, e segundo o relatório do Fundo da População das Nações Unidas, a população portuguesa vai aumentar, por ano, em cerca de 100 mil “almas” até 2050, ficando apenas atrás da Noruega e da Albânia. Desta forma, e perante aqueles resultados, não compreendo o motivo pelo qual se augura a falência do sistema de pensões da Segurança Social, com a justificação de que a população activa não consegue superar a população que entretanto passou à situação de reforma.
Poderei apresentar três, possíveis, causas para justificar essa, quase, inevitável realidade:
A primeira poderá estar no facto dos mais novos não terem tendência para descontar para a Caixa Geral de Aposentações mas sim para fundos próprios que não vão beneficiar os cofres daquela instituição.
A segunda poderá estar no facto do Estado estar gradualmente a deixar de assegurar essa "conquista" dos trabalhadores, uma das principais do "welfare state", através do enfraquecimento dos vínculos laborais que tem para com eles e a daí permitir que sejam constituídos fundos paralelos de pensões.
A terceira, e não menos importante, prende-se com o facto do Estado não criar condições para que a população jovem se mantenha em Portugal, aumentando a idade da reforma dos actuais activos e, dessa forma, não permitir a renovação dos quadros, obrigando-os a procurar emprego/trabalho/ocupação noutras paragens.

Assim, o acréscimo registado e previsto até 2050, não favorece em nada a situação do nosso país, antes pelo contrário, só vai criar mais jovens insatisfeitos que, mal tenham oportunidade, se vão realizar para outro lado, deixando-nos na mesma situação. A única esperança é que nos levem com eles ou então que, pelo menos, venham cá passar umas férias e que tragam dinheiro suficiente para nós as gozarmos também.

terça-feira, 26 de junho de 2007

PORTUGAL JÁ NÃO INTERESSA

Segundo o mais recente relatório da OCDE sobre as «Perspectivas das migrações internacionais», relativo aos fluxos migratórios para os 30 países que integram aquele organismo internacional, Portugal saiu da rota de imigração por ter tido um "fraco crescimento económico" e assim não ser atraente para aqueles que procuram um melhor nível de vida.
Acabou-se a mão-de-obra barata e o enriquecimento à custa da escravidão. Não eram raros os casos (mesmo em Penacova) onde indivíduos vindos de Leste eram literalmente “aprisionados” por patrões sem escrúpulos que viam naqueles despojados da sorte a oportunidade de, através de trabalho escravo, enriquecerem ilegitimamente.
Por seu lado, e segundo o mesmo relatório, aumentou o número de indivíduos que escolhem o nosso país para acabar ou continuar os seus estudos.
Das duas uma, ou Portugal agora vai passar a ser a “silicon valley” europeia onde apenas são aceites projectos “high-tech” e mão de obra especializada ou então, passará a ser tão insustentável viver por cá que até nós, portugueses de berço, vamos ter que sair do país para procurar melhor sorte além fronteiras ou então, esperar pelo novo aeroporto, pelo T.G.V. ou por outra obra de regime para assim, quem sabe, podermos amealhar mais algum.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

PARA CHORAR


Andaram para trás e para diante durante 45 anos e, só depois de velhos é que se lembraram que Portugal existia. Agora, parece que voltaram a rejuvenescer e toda a gente anda a anunciar o regresso da maior banda do planeta. É recorrente esta nossa tendência para continuarmos a achar que somos uns privilegiados por sermos os escolhidos para acolhermos os últimos concertos das mais famosas bandas. Há uns anitos, não muitos, foram os “Pink Floyd”, há dias foram os “The Who”, agora os “Rolling Stones” e qualquer dia os “The Police”.
Será que só nos calham os ossos ou será que eles vêm para cá só pelo sol. Se for por isso bem podem voltar pelo mesmo caminho porque fartos já nós estamos de sermos sempre os últimos contemplados.
Só não somos os últimos nas coisas que não prestam e talvez por isso é que não saímos da cepa torta.

PARA RIR


O último parecer do Tribunal de Contas, veio tornar público que a ilha da Madeira, mais uma vez, ultrapassou os limites do endividamento. Alberto João Jardim, por sua vez e fazendo orelhas moucas a tal relatório pede ao sr. Silva, uma maior autonomia e o aumento do poder legislativo. Estas "sugestões", garante, não colocam em causa a unidade nacional nem a Constituição, dizendo inclusivamente que " O Estado unitário está na Constituição para sossegar as consciências que sofrem de pesadelos quanto aos fantasmas do passado. Ninguém está a falar em separatismo".
Claro que não. Se assim fosse onde ia ele buscar tanto dinheiro para se governar? É preciso ter lata.

domingo, 24 de junho de 2007

MARCHAS 2007


Apesar de tudo, gostei.
Gostei do desempenho demonstrado pelas marchas de Travanca do Mondego e da Cheira.
Não tenhamos dúvidas que, apesar de ter sido um espectáculo pobre, por terem sido apenas duas as que aceitaram participar, estou convencido que todos aqueles que lá se deslocaram para apreciar o trabalho levado a cabo pelas duas associações, ficaram agradados com aquilo que viram. A cor, a coreografia e a sonoridade deram ao evento a graciosidade necessária. Claro que se fossem em maior número, a noite seria bem mais compensadora e agradável contudo, demonstraram, mais uma vez, que do pouco de faz muito e que, embora tendo consciência da fraca assistência que teriam, fizeram questão de não deixar morrer mais uma das actividades que animam as noites de Penacova. Pode ser que assim outros se sintam motivados a não desistir e que, para o ano, sejam em dobro as marchas participantes.

sábado, 23 de junho de 2007

NÃO PERCEBO NADA DE FUTEBOL


Não sou adepto do Sport Lisboa e Benfica, mas também não sou ingénuo ao ponto de achar que tal clube é pouco importante. Cresci a ouvir que o Benfica é o melhor do mundo, que tem os melhores jogadores, que tem mais títulos ganhos e que tem mais de 6 milhões de sócios. Tão marcante é essa ideia que só não sou benfiquista por razões de solidariedade familiar, posso até dizer que o Benfica é o meu terceiro clube (a Académica de Coimbra está em segundo). Ora, tal enormidade não pode, nem deve, passar ao lado de ninguém, até porque, para um país tão pequeno (em quase tudo) ter um clube com essa dimensão é motivo de orgulho. Faz bem ao ego de qualquer português saber que, além fronteiras, todos conhecem o Clube da Luz e o Eusébio (agora o Figo) e, acima de tudo, saber que o Benfica foi campeão disto ou daquilo (dá a sensação que todos acordam mais bem dispostos e que a semana até começa melhor). Costumo dizer que, se o Benfica fosse o Futebol Clube do Porto, todos andávamos muito mais felizes e, de certeza, que encarávamos o futuro com muito mais optimismo.
Mas a realidade não é essa, o F.C.P. soma e segue e o S.L.B. é aquilo que se vê. Talvez por isso é que o (multi) milionário Joe Berardo lançou uma OPA sobre o Benfica para, segundo o próprio, "ajudar os benfiquistas" e o certo é que os ajudou bastante pois, para começar, as acções da SAD valorizaram 54% num curto espaço de tempo. Será (ainda) um peso de consciência por não ter valido nada o facto de ter oferecido a capela e a santa que José Damásio instalou na "Catedral" em 1994, ou estará na moda ser dono de um clube desportivo?
Seja como for, a marca Benfica está à venda e vale milhões, a partir daí tudo pode acontecer. Se vai melhorar não sei mas, o importante é que seja bom para o futebol, para aquele clube e, em particular, para o desporto, pois trata-se de uma instituição de indiscutível importância para o nosso país, só sendo pena que não ganhe.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

A OUTRA FACE DA NOSSA POLITICA AUTÁRQUICA


Este blog é um espaço de discussão pública onde todos os que pretendam, podem expor as suas convicções acerca dos mais variados assuntos. Nessa perspectiva, e tendo em conta que o objectivo último é o de promover a troca de pontos de vista em torno de questões que directa ou indirectamente tenham a ver com as preocupações manifestadas por aqueles que nutrem algum interesse por Penacova, quer nela vivam, trabalhem ou por alguma razão a ela se sintam ligados, aceitei publicar um texto, enviado por um amigo de longa data, penacovense, actualmente deputado da Assembleia Municipal de Penacova e Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Penacova.

Com o texto que segue, aquela comissão política pretende dar a conhecer, aos que diariamente dispensam parte do seu tempo a ler o que por aqui se vai escrevendo, as propostas apresentadas ao executivo camarário de Penacova e que, segundo eles, não tiveram nem têm tido o devido acolhimento pela maioria P.S.D. que nos governa. Por último, pretendo esclarecer que embora me reveja na grande parte das medidas apresentadas, as mesmas são da exclusiva responsabilidade daquela comissão política, não se vinculando o autor deste blog a alguma delas.

AS 25 MEDIDAS PROPOSTAS PELO PARTIDO SOCIALISTA DE PENACOVA NO ÂMBITO DO QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007 - 2013 )

  1. Criação de um espaço único que possibilite a integração dos diferentes Serviços Públicos (incluindo Serviços Camarários). Deve ser combinado com o desenvolvimento de novas zonas de implantação de Serviços Públicos, nomeadamente Loja do Cidadão.
  2. Casa Municipal da Cultura e da Juventude (Incluindo Centro de Congressos).
  3. Recuperação de todo o património do Mosteiro de Lorvão.
  4. Reabilitação das zonas históricas das vilas de Penacova e Lorvão, incluindo a requalificação paisagística e urbanística do Largo do Terreiro.
  5. Recuperação dos aglomerados de Moinhos de Vento e Água, para fins turísticos.
  6. Reabilitação das zonas ribeirinhas do concelho, dotando-as de condições de lazer e desportivas.
    Promoção do aproveitamento turístico das Albufeiras do Concelho.
  7. Parque Desportivo Concelhio com campo de futebol relvado e pavilhão gimnodesportivo com dimensões ajustadas às exigências oficiais.
  8. Criação de parque desportivo e de lazer, com piscina e pavilhão Multi-Usos, nas vilas de S. Pedro de Alva e Lorvão.
  9. Palácio da Justiça.
  10. Construção de Centros Educativos (Tendo em vista responder à reestruturação de toda a Rede Escolar do Concelho).
  11. Construção de Novo Mercado Municipal, em novo Centro Urbano a criar e desenvolver.
  12. Construção de Centro Coordenador de Transportes, integrado com o desenvolvimento de uma Rede de Transportes de Passageiros no Concelho, em novo Centro Urbano a criar e desenvolver.
  13. Parque de Exposições Multi-Usos na Freguesia de Sazes, incluindo criação de acessibilidades, no lugar de Espinheira, para realização da feira mensal e outros eventos.
  14. Desenvolvimento, com respectiva infra-estruturação, de novas zonas urbanísticas que permitam a construção de habitação a preços controlados e que fomentem a fixação das famílias.
  15. Construção de Rede de Saneamento com as respectivas ETAR´s em todos os aglomerados urbanos que o justifiquem.
  16. Construção de via rodoviária variante a Penacova, com ligação às Freguesias de Lorvão (Chelo), Figueira de Lorvão (Sernelha) e Sazes (Nó rodoviário de Espinheira), em que se incluem os troços há muito programados de passagem pela Abarqueira e Serra do Viso.
  17. Construção de variante às povoações de Miro e Friúmes.
  18. Criação de ligação com bom nível de serviço entre Lorvão e Coimbra, com construção de um novo troço entre Lorvão e Aveleira.
  19. Desenvolvimento de projectos no sector de actividade das energias renováveis, em especial no âmbito da energia eólica, biomassa e produção / utilização de hidrogénio.
  20. Construção de Zonas Industriais, devidamente infra-estruturadas prevendo-se numa delas um Parque com Incubadora de Empresas, alimentado com parcerias com agentes económicos e universidades / escolas politécnicas.
  21. Promoção do desenvolvimento de um “Cluster” em actividade a identificar através de estudo de mercado e científico.
  22. Promoção da agricultura biológica, em conjunto com as Escolas do Concelho, Escola Superior Agrária de Coimbra e parceiros privados.
  23. Promoção da construção de habitação social, destinada a famílias mais carenciadas.
  24. Promoção de investimentos na área social e na área da saúde, em parceria com as IPSS (Unidades de Cuidados Intensivos, Lares Residenciais para Jovens, Creches, Jardins de Infância, Lares de Idosos, Centros de Dia, Apoio Domiciliário, Centros de Convívio, Centros de Formação Profissional e de Competências).
  25. Promoção da construção de habitação social, destinada a famílias mais carenciadas.

As propostas não têm qualquer ordem de prioridade, mas é nosso entendimento que são todas importantes e que se tratam de investimentos fundamentais para o desenvolvimento sustentado do nosso Concelho.

Muitas poderão ser enquadradas em programas de financiamento que surgirão nos próximos anos e que se não forem aproveitados implicará irremediavelmente o ( ainda mais ) atraso do nosso Concelho.

( Pelo Partido Socialista de Penacova – Pedro Coimbra )