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terça-feira, 30 de janeiro de 2007

NEM QUE SEJA POUCO

Não é uma notícia muito comum mas, quando surge, é sempre agradável.Miguel Ganhão, num artigo que escreveu para uma revista semanal portuguesa, alertava para o facto da empresa Energias de Portugal (E. D. P.), estar a reembolsar aqueles que, antes de 1999, com ela celebraram contrato de fornecimento de energia eléctrica e foram obrigados a pagar uma caução no montante de 15 contos (75 euros).
A obrigação de tal reembolso, surge na sequência de um decreto-lei de 1999, que proibiu a cobrança de cauções por parte daqueles que forneciam à população serviços básicos, tais como, água, luz e gás.
Pelas contas daquele jornalista, à E.D.P. ainda faltam reembolsar cerca de 14 milhões de euros.
Portanto, se você for um dos interessados e ainda não foi contactado, não se preocupe porque, segundo aquele jornalista, a qualquer momento, a lista das pessoas que ainda têm reembolso a receber será publicada em edital e afixada nas Juntas de Freguesia, sendo que o prazo para reclamar as quantias junto dos serviços caucionantes, é de 180 dias após tal publicação.
Pode não ser muito mas, nos dias que correm, faz sempre jeito receber alguma coisa.
Fique atento.

domingo, 28 de janeiro de 2007

PATRIMÓNIO REVISITADO II


Desde 1984, altura em que o fotógrafo Varela Pècurto, com a colaboração de Fernando Coroado, numa edição da Editora Hilda, publicou um livro sobre Penacova, as suas gentes, os seus monumentos e a sua história, que pouco ou nada se fez pelo património de Penacova.
Na altura, as fotografias que ilustravam aquela edição, fizeram perdurar para a história, a riqueza arquitectónica e paisagística da “Princesa do Mondego” e as tradições, hábitos e costumes das suas gentes.
Foi com o intuito de voltar a revisitar esse património que, volvidos 23 anos, decidi percorrer alguns dos caminhos que ele percorreu para, dessa forma, verificar “in loco”, o estado actual dessa riqueza que, desde aquela altura, aguarda classificação como património de interesse público.
Para começar, fui à “Quinta da Ribeira”, conjunto arquitectónico ainda à espera de classificação.
Depois, fui a Lorvão ver o Lagar do Pisão que, em 1984, ainda funcionava plenamente.
Chegado ao local, o que vi foi abandono e degradação. E, como podem ver pela foto, os vários mecanismos necessários para a faina do azeite, estão completamente destruídos, atrevendo-me até a dizer, irrecuperáveis.
É assim que, infelizmente, continuam a tratar do nosso património e, por arrastamento, a nós também.
Provavelmente, tal abandono e degradação tem como alvo preferencial o património em vias de classificação existente no nosso concelho.
Assim, não havendo qualquer intervenção, tal património acaba por desaparecer e, depois, sem forma de o recuperar, acaba-se a preocupação de o poder classificar.
Será essa a razão de tal abandono?

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

AS 15 MARAVILHAS DO MUNDO


Até ao próximo dia 7 de Julho de 2007, Portugal vai ser palco de uma competição que tem por objectivo a eleição das 7 novas maravilhas de Portugal e do Mundo.
Dos 793 monumentos nacionais, inicialmente propostos, apenas 21 mereceram a nomeação por um grupo de peritos, para fazerem parte da lista de finalistas.
Ao visitar tal
sítio, ansiosamente procurei por algum monumento que se situasse nas proximidades de Penacova.
Após aturada busca, verifiquei que apenas a Universidade de Coimbra e as Ruínas de Conímbriga, ambos de inquestionável valor, faziam parte de tão notável selecção.
Senti alguma tristeza só pelo facto de, naquela lista, não figurar o “Palace Hotel do Buçaco”, obra de manuelina arquitectura e da qual muito gostamos.
Esquecimento?
Ignorância?
Não, apenas não foi a votação por já estar eleita por natureza.
Nesse caso, teriam que ser oito e não sete, as maravilhas de Portugal.

domingo, 21 de janeiro de 2007

TUDO DEPENDE

A questão da Interrupção Voluntária da Gravidez, que atravessa e agita a sociedade portuguesa, tem tão-só, a ver com duas realidades:Quem tem dinheiro, e quer, não faz um desmancho.Quem não tem dinheiro, e quer, não pode fazer um aborto.Se todas as mulheres pudessem interromper a gravidez voluntariamente num local adequado para o efeito, a questão nunca se colocaria, porque assim, nenhuma delas teria que colocar a vida em risco, de forma ilegal, ao fazer o mesmo num qualquer vão de escada.
Mas ainda bem que existe alguém que pensa naquelas que não podem, porque isso sim, isso é preservar a vida humana com dignidade.
Reparem nas dezenas de crianças que, todos os dias são lançados para lares, que os acolhem, ou porque foram abandonados pela sorte ou pela vida ou pela morte…
Esses sim. Esses são quem deve ter alguém que por eles olhe, que por eles faça muitos movimentos, movimentos pela Dignidade da Vida Deles.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

ARREPIAR CAMINHO ?


Fiquei agradavelmente surpreendido quando, ao passar pelo site da Câmara Municipal, verifiquei estar a decorrer, até ao próximo dia 31 de Janeiro deste ano, um concurso para promover o comércio tradicional de Penacova. Tal iniciativa, levada a cabo pela PENSAR (Associação de Desenvolvimento Integrado de Penacova), tem como objectivo, criar um logótipo e um slogan representativo de Penacova e do seu comércio tradicional.É bom saber que, embora timidamente, se procura convidar a população a colaborar na projecção da sua terra e na promoção daquilo que nela, tradicionalmente, melhor se faz e se vende. Resta saber que comércio tradicional é que se pretende promover, se o das Nevadas, se o dos Pasteis de Lorvão, se o dos Palitos de Flores. Sim porque tirando esses, não vejo que outro comércio tradicional se possa promover nesta terra.Mais lógico, seria promover o aparecimento de actividades que recuperassem o que verdadeiramente faz parte do nosso património e depois sim, promovê-las para as dar a conhecer ao país e ao mundo.De qualquer maneira, desejo o maior sucesso para tal iniciativa e que com ela a imagem de Penacova fique reforçada pois, no nosso concelho, existem pessoas com criatividade suficiente para criar algo diferente e apelativo. Além disso, confesso estar já a ficar farto de Penacova ser apenas uma benção da natureza.

sábado, 13 de janeiro de 2007

O RUIZITO


Cresceu a ouvir tocar acordeão e, provavelmente, achou que podia estar ali o seu futuro. Curiosamente acertou.O rapaz tem imaginação, talento, sentido de humor, brejeirice que chegue e uma vida toda pela frente.Conheci o Rui há relativamente pouco tempo, mas depressa simpatizei com a sua maneira de ser e de estar.
Sabe animar uma noite e alegrar um convívio.
Sabe aproveitar o ambiente para integrar quem o ouve e quem com ele canta ao desafio.Acima de tudo é um excelente tocador. É um óptimo “entertainer”, capaz de fazer do mais sisudo o mais participante. É, por assim dizer, um verdadeiro artista e, para sorte nossa, um penacovense que, tal como o Gonçalo, tem coragem suficiente para abraçar a sua vocação e mostrá-la a toda a gente por esse país fora, sem preconceitos, sem petulância, mas sempre em busca da realização pessoal.Partilha com os outros aquilo que mais gosta de fazer, daí termos o dever de o acarinhar.
Boa sorte Rui.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

PERIGO À ESPREITA II


Num dos meus habituais passeios matinais, decidi ir até à beira do rio, junto ao açude ponte, constatar de perto, os (eventuais) estragos provocados pelas últimas cheias.Como qualquer cidadão comum, parti do princípio que, no caso de existirem danos que colocassem em risco a vida das pessoas e dos animais, as autoridades responsáveis pela protecção civil no nosso concelho, já os teriam reparado.No local, e para espanto meu, verifiquei que tal não aconteceu. A ponte açude, como podem ver na foto, ficou completamente desprovida dos corrimões que as pessoas utilizavam para se apoiarem naquela travessia. Além disso, algumas das travessas que suportam o passadiço ameaçam quebrar, prova de que foram sujeitas a uma grande tensão pela pressão das águas.O grau de perigosidade é demasiado alto, tanto mais que não existe indicação alguma da impossibilidade de fazer aquela travessia e muito menos a indicação de que, ao fazê-la, se correm sérios riscos de queda para a água. Compreendo que dará muito trabalho e ficará muito dispendioso recuperar aquilo que se perdeu ou danificou, até porque provavelmente e, como de costume, ainda existem localidades no concelho de Penacova que não têm água canalizada, esgotos ou electricidade. Mas porra, é a vida das pessoas que está em risco, não valerá uma vida mais do que um qualquer ramal de saneamento???

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

FIÉIS A TODO O CUSTO


Imagine-se a entrar numa igreja paroquial da nossa terra para a missa de Domingo e, em vez do habitual altar decorado com flores, santos e bordados a ouro, barroco ou rocócó, fosse surpreendido com ecrã gigante, último modelo, a exibir um teledisco dos U2. Estranho não é? Não tanto como isso. É que, nos Estados Unidos, a reboque de uma campanha contra o flagelo da fome em Africa, um Reverendo de uma pequena vila chamada York Harbor, em Maine, decidiu colocar um ecrã sobre o altar da sua igreja para mostrar vídeos daquela banda. Teve tanto sucesso a iniciativa que, após algumas semanas, a igreja estava a abarrotar de “cristão novos” a cantarem em uníssono aquelas magníficas canções. Mas a ideia não é nova. Fique sabendo que, já na década de 60 do século passado, a Igreja Católica se socorria de orquestras para “animar” os actos litúrgicos. Em Penacova, por exemplo, uma das bandas credenciadas pela Diocese de Coimbra para tal tarefa eram os “LEÕES” que, como de pode ver na foto, trajavam de acordo com a solenidade do acto. Percorriam os lugares do concelho onde se realizavam festas religiosas e, acompanhados por um coro de fiéis devotos, abrilhantavam tais eventos com orações musicalmente adaptáveis, claro está.Naquela altura, a igreja impunha às orquestras que autorizava o seu reportório musical, para assim tornar mais agradáveis os encontros religiosos.
Actualmente, a braços com a falta de crentes nas suas igrejas, os sacerdotes adaptam as suas homilias às letras e às músicas de grupos que arrastam multidões de vários credos e que, aparentemente, nada tem a ver com aquela religião.
Se a moda pegasse, até pagava para ir à missa, dependendo do grupo que fosse abrilhantar o espectáculo, com é lógico.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

O FUTURO DA BLOGOSFERA


Pedro Arroja, polémico economista português que defendeu, e defende, a privatização da quase totalidade do Estado, em entrevista recente a uma revista semanal portuguesa, disse, quase profeticamente, que a blogosfera seria, a breve prazo, o lugar privilegiado de debate público. A título de exemplo, referiu o caso das últimas eleições norte-americanas nas quais a blogosfera contribuiu, tanto para a massificação do debate de ideias como para o aumento da participação eleitoral. É bom saber que tão conceituado cidadão elege o fenómeno da blogosfera, como ferramenta indispensável na comunicação entre as pessoas. Actualmente, opina no “Blasfémias”, blogue que, tal como o “Jogo de Possíveis”, vale a pena visitar. Será que todos pensamos assim? Será que todos achamos possível informar comentando? Fica a pergunta para quem queira responder .

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

A SOLUÇÃO PARA A GUERRA ENTRE OS POVOS.

Os países islâmicos compram a Israel que compra aos E.U.A e vende à U.E.
Os E.U.A. compram e vendem à U.E.
A U.E. compra e vende aos E.U.A.
A China vende à E.U. e compra à Rússia
A Rússia vende à Ásia, a África e à E.U., que por sua vez compra à Ásia e vende a Àfrica e aos E.U.A.
Assim era possível ter paz no mundo.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

DE CABEÇA PERDIDA


Gostava de saber, ou que alguém me explicasse, onde é que os nossos políticos tinham a cabeça, quando, em vez de construírem um jardim como o da foto, que data dos anos 50 do século passado, optaram por construir um parque de estacionamento, pago, no meio da zona nobre da vila. Sou capaz de compreender que, no imediato, tal opção se torna mais lucrativa mas, porque que motivo é que, em vez de tomarem medidas de fundo, com olhos no futuro, alicerçadas em projectos ousados e originais, optam pela receita mais fácil e cómoda. Estava capaz de responder mas, não sei se devo. Contudo, não resisto à tentação. Sabem qual é o problema? Os nossos políticos, não gostam de Penacova. Apenas olham para ela como espaço livre e potencialmente lucrativo, sem pensar em realçar a sua beleza. Olham para os penacovenses como umas pessoas sem gosto, sem ambição, subsídio dependentes, sempre à espera da castanha e do vinho no São Martinho, oferecidos pela Câmara, claro.