Imagine-se a entrar numa igreja paroquial da nossa terra para a missa de Domingo e, em vez do habitual altar decorado com flores, santos e bordados a ouro, barroco ou rocócó, fosse surpreendido com ecrã gigante, último modelo, a exibir um teledisco dos U2. Estranho não é? Não tanto como isso. É que, nos Estados Unidos, a reboque de uma campanha contra o flagelo da fome em Africa, um Reverendo de uma pequena vila chamada York Harbor, em Maine, decidiu colocar um ecrã sobre o altar da sua igreja para mostrar vídeos daquela banda. Teve tanto sucesso a iniciativa que, após algumas semanas, a igreja estava a abarrotar de “cristão novos” a cantarem em uníssono aquelas magníficas canções. Mas a ideia não é nova. Fique sabendo que, já na década de 60 do século passado, a Igreja Católica se socorria de orquestras para “animar” os actos litúrgicos. Em Penacova, por exemplo, uma das bandas credenciadas pela Diocese de Coimbra para tal tarefa eram os “LEÕES” que, como de pode ver na foto, trajavam de acordo com a solenidade do acto. Percorriam os lugares do concelho onde se realizavam festas religiosas e, acompanhados por um coro de fiéis devotos, abrilhantavam tais eventos com orações musicalmente adaptáveis, claro está.Naquela altura, a igreja impunha às orquestras que autorizava o seu reportório musical, para assim tornar mais agradáveis os encontros religiosos.
Actualmente, a braços com a falta de crentes nas suas igrejas, os sacerdotes adaptam as suas homilias às letras e às músicas de grupos que arrastam multidões de vários credos e que, aparentemente, nada tem a ver com aquela religião.
Se a moda pegasse, até pagava para ir à missa, dependendo do grupo que fosse abrilhantar o espectáculo, com é lógico.
Actualmente, a braços com a falta de crentes nas suas igrejas, os sacerdotes adaptam as suas homilias às letras e às músicas de grupos que arrastam multidões de vários credos e que, aparentemente, nada tem a ver com aquela religião.
Se a moda pegasse, até pagava para ir à missa, dependendo do grupo que fosse abrilhantar o espectáculo, com é lógico.