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terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

A INFORMAÇÃO AO CIDADÃO

Com o objectivo de “facilitar a vida do munícipe” o município de Penacova, disponibilizou no seu site, mais concretamente na página “autarquia on-line”, um conjunto de informação para “servir melhor o cidadão” e torná-lo mais informado e, consequentemente, mais participativo. De facto, nessa página, podemos encontrar as mais diversas informações relativas aos serviços que a autarquia presta ao seu munícipe e a forma como as utilizar para contactar com os mesmos via Internet.
Porém, ao pretender consultar as actas das sessões ordinárias da Câmara e da Assembleia Municipal, verifiquei que, no primeiro caso, a última acta disponível datava de 20 de Outubro de 2006 e que, no segundo caso, a última acta disponível, datava de 30 de Junho de 2006. Ora, partindo do princípio que a Câmara Municipal reúne ordinariamente de 15 em 15 dias, faltam publicar, pelas minhas contas, 8 actas. No caso da Assembleia Municipal faltam publicar 3 actas, uma vez que as reuniões ordinárias daquele órgão, têm lugar 5 vezes por ano, em Fevereiro, Abril, Junho, Setembro, Novembro ou Dezembro.
Posto isto, o objectivo a que se propôs o executivo quando no seu site, apelou à participação activa dos munícipes, foi por água abaixo pois, ao não permitir que as discussões nas reuniões sejam do conhecimento da totalidade dos cidadãos, está a sonegar-lhes informação e, dessa forma, a impedir que eles estejam devidamente informados daquilo que realmente se discute acerca do nosso concelho.
Será que perderam a vontade em tornar os seus munícipes mais esclarecidos ou será que chegaram à conclusão que munícipe esclarecido é igual a munícipe reivindicativo.
Espero que não tenham sido nem uma nem outra as razões que levaram à não publicação, on-line, das actas em falta e que a situação depressa se resolva para que estejamos todos informados acerca daquilo que os nossos autarcas discutem (ou não) sobre o nosso futuro nas suas reuniões.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

TURISMO 2007 - PARTE I


Agora que o fim-de-semana gastronómico chegou ao fim e que as riquezas de Penacova foram as estrelas do evento, só não existiram Óscares para premiar os participantes, porque todos foram vencedores.
Todos participaram com o objectivo de dar a conhecer os sabores deste rico concelho e a bem receber todos os que nos visitaram o que, a julgar pela participação e pelo bulício que tal iniciativa provocou, atrevo-me a dizer que foi bastante positivo.
Pela primeira vez, destacou-se a promoção da “Capital da Lampreia” com convidativos “outdoors”, programas televisivos, entrevistas em jornais nacionais e com o envolvimento do comércio local, fundamental para o acompanhamento daqueles que nos visitaram durante este fim-de-semana.
Para isso terá contribuído a “colagem” da PENSAR ao evento, através da promoção dos restaurantes associados e da apresentação do roteiro pelos inúmeros pontos de interesse do concelho e pela promoção dos doces conventuais que, pela primeira vez, constituem outro motivo de interesse deste concelho por estarem a ser melhor promovidos, tanto em apresentação como em qualidade.
Fiquei com a sensação de que existe um sério envolvimento por parte das instituições e da população do concelho. Tive oportunidade de ver várias brochuras alusivas ao nosso concelho, graficamente atraentes e que também terão contribuído para o que considero ter sido um dos poucos pontos altos do turismo em Penacova.
Mas também constatei que Penacova não é a única que promove tal iguaria e que outros concelhos a elegem para os seus fins-de-semana gastronómicos, o que por si só já revela que não somos os únicos a aproveitar as suas potencialidades, portanto há que encontrar alternativas à promoção deste concelho, explorando ao máximo as outras mais valias que o caracterizam.
Agora, até ao “Festitradições”, nada mais vamos ter que nos alegre, a não ser que comecem a PENSAR e AGIR, desde já, na recuperação da praia do “reconquinho” para que o Verão que se aproxima, seja igualmente motivo de orgulho para os penacovenses e traga a este concelho muitos e bons visitantes.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

77 ANOS VIDA AO SERVIÇO DE OUTRAS VIDAS


No próximo dia 24 de Fevereiro, festeja o seu septuagésimo sétimo aniversário a Associação dos Bombeiros Voluntários de Penacova.Uma das mais bem organizadas associações do concelho de Penacova, tem nos seus quadros os melhores seres humanos que jamais conheci. Aqueles que estão preparados para, dia e noite, sacrificar a sua vida em prol da dos outros.Por muitos elogios que tecesse, por muitas palavras que escrevesse, nunca conseguiria expressar totalmente a estima que tenho por eles.
Alípio Sousa Borges, a quem presto aqui a minha homenagem, conseguiu-o escrevendo os versos que adiante vos apresento, e nos quais me revejo totalmente, quando passou a fazer parte, como Ajudante de Comando, do Quadro Honorário daquela associação em 1977.A ele, ao meu PAI, e a toda a FAMILIA de bombeiros, à qual muito me orgulho de pertencer, dedico esta postagem, com os votos de um feliz aniversário e de uma longa e honrada existência.
O Bombeiro Voluntário
I
O Bombeiro VoluntárioMuita gente não percebe
É o mais humanitárioTudo dá, nada recebe.
II
Seja amigo ou inimigo
Nas horas de aflição,O Bombeiro expõe-se ao perigo,É essa a sua missão.
III
Toca a sirene,Sai o Bombeiro a correr.
Deixa a família, tudo esquecePara os outros socorrer.
IV
Sempre com a incerteza
De regressar dessa ida
A sua maior riqueza
É o lema “Vida por Vida”
V
A nossa maior tristeza
A grande mágoa que temos
É que haja gente que esqueça
O bem que aos outros fazemos.
Quase sempre criticados
Pelo melhor que se faça,
Nós não ficamos zangados
Os cães ladram…..mas a caravana passa.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

NÃO CORTEM A PALMEIRA



Cada vez que vejo uma ou mais crianças a brincar no parque infantil sito nesta vila, ao pé da secular palmeira, fico bastante preocupado.E porquê? Porque, ao observar aquele recinto, verifico que está completamente votado ao abandono, não obedecendo nem às mais elementares regras de segurança, higiene e salubridade nem às regras impostas pela legislação em vigor.Senão vejamos:· Não existem no recinto recipientes para recolha de resíduos sólidos;· Não existe a preocupação em manter aquele espaço constantemente limpo e livre de objectos que, com o tempo e a permanência de vândalos, se vão amontoando;· Aos poucos vão-se degradando os materiais que dele fazem parte, designadamente o mobiliário, o portão de acesso e as instalações de apoio;· A permanência de cães naquele recinto é uma constante, concluindo-se facilmente que o utilizem, não só para sossegadamente dormitarem, como também para fazerem as suas necessidades fisiológicas, sendo certo que, bem perto dali existem os sanitários públicos, mas ainda só para humanos;· A areia que cobre a superfície onde o parque se encontra instalado, que por Lei devia ser substituída uma vez por ano, nunca conheceu outra que fosse ocupar o lugar dela, estando completamente invadida por ervas daninhas, o que por si só denota uma completa falta de preocupação para com os utilizadores daquele espaço, porque, como todos bem sabemos, absorve e esconde, todo o tipo de porcarias e objectos;· Existe uma torneira, normalmente utilizada nos eventos que junto aquele espaço se realizam, que por se encontrar completamente desprotegida e perfeitamente acessível, é bem capaz de ferir com gravidade, qualquer criança que, acidentalmente, contra ela embata;· Por último, existe uma palmeira no interior do recinto que por ter bastante idade, não raro acontece caírem ramos velhos que, em virtude do seu tamanho, podem causar ferimentos extremamente graves às crianças que (ainda) por ali brincam.
Os pais das crianças, ou familiares que as acompanham, não deviam andar tranquilos enquanto os seus rebentos lá brincam pois, tal espaço não oferece condições para que brinquem protegidas.Se o alheamento para com o bem-estar dos mais novos é assim tão flagrante e ainda por cima a tão poucos metros do edifício sede da autarquia, imagine-se como será para como os mais velhos.É caso para dizer “em casa de ferreiro, espeto de pau” ou “mais cego do que aquele que não vê, é aquele que não quer ver”.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

O NOVO LOGOTIPO


Em 18 de Janeiro de 2007, neste blog, foi abordado o tema relacionado com o concurso promovido pela "PENSAR", para eleger um símbolo/logotipo que identificasse Penacova e o seu comércio tradicional, no país e no estrangeiro.
Desse concurso, cujo número de participantes se ignora, foi vencedor aquele que irá substituir o logotipo que indentificou Penacova até ao dia 15 de Fevereiro de 2007, data em que o escolhido foi apresentado publicamente nas piscinas de Penacova.
Se é bonito ou não, se é original ou não, se os penacovenses se identificam com ele ou não, já não é da nossa conta, apenas e tão só, é aquele que foi eleito pelo júri nomeado para o efeito, cuja composição igualmente se ignora.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

A GRANDE ENTREVISTA


Maurício Marques, em entrevista que deu hoje ao “Diário de Coimbra”, foi questionado, como era de esperar, sobre os mais importantes aspectos do nosso concelho, falou quase do mesmo a que nos habituou desde o primeiro dia em que tomou posse como Presidente da nossa autarquia.Quando lhe perguntaram sobre o que realmente evoluiu no nosso concelho, desde a sua investidura, abordou, como não poderia deixar de ser, as Acessibilidades, o Saneamento e a Educação.
Disse que sim, que temos evoluído muito nestes três sectores e que antevê um futuro risonho para o nosso concelho, e ainda bem.Quando lhe perguntaram sobre o desporto, disse que estava em curso o processo para a colocação do relvado sintético num dos três campos escolhidos para o efeito.Não falou no gimnodesportivo, que por apenas 6 metros, não pode acolher jogos oficiais, tendo para isso as nossas equipas que se deslocar, por exemplo, a Vila Nova de Poiares, para os realizar.Não falou na piscina municipal, à qual falta uma única pista para poder fazer parte do calendário das provas de natação oficiais.Quando lhe perguntaram sobre o turismo, disse que é um sector de primordial importância.Referiu a Estrada Verde, prometida por João Cravinho enquanto ministro, e até ao momento nada.Referiu o Órgão do Mosteiro do Lorvão, ainda a tombos com o IPPAR e, até a momento nada.Referiu o Complexo Turístico da Serra da Atalhada que, aos tropeções, lá vai andando.
Referiu, por fim, a Lampreia, grande salvadora da honra do convento, só durante um fim-de-semana por ano.Esqueceu-se de referir o Parque Municipal, a Praia Fluvial, o Lagar do Pisão, o Hotel de Penacova, o Comércio Tradicional, a Quinta da Ribeira, a Quinta de Carrazedos, o Olival do Mondego, a Pista de Pesca, a Pista de Kartcross, esquecendo-se também de referir aquilo que não fez para os melhorar.Mas, o mais surpreendente de tudo é o facto de, a certa altura, admitir que o nosso concelho não tem vocação empresarial.Ora, perante tal conclusão, porque é que não se esforçou por fazer do turismo a verdadeira, e quase única, vocação deste concelho.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

A MACHADADA FINAL


Os rumores já são mais que muitos e, onde há fumo há fogo.
Consta-se que o Hotel “Palacete do Mondego” vai encerrar portas.
O facto parece estar tão próximo que já não passará deste Verão.
Os motivos de tal encerramento, prendem-se com a falta de animação, vida nocturna e comércio tradicional, que grassam Penacova. Os hóspedes vêm, por assim dizer, ao engano.
São despejados para aquele estabelecimento hoteleiro e, depois, abandonados pela vila que os acolheu e lhes prometeu coisas fascinantes e percursos fabulosos.
O que é certo é que, uma vez aqui chegados, procuram distrair-se, como qualquer turista deseja, quando opta por passar um fim-de-semana fora de casa, e o que encontram é marasmo, inércia e desinteresse por parte de quem os prometeu acolher de braços abertos.
A culpa é de quem?
Dos mesmos de sempre.
Dos autarcas que apenas olham para o seu umbigo e se esquecem de dar aos turistas que nos visitam, o mínimo que se lhe pode oferecer.
Simpatia, diversidade e hospitalidade.
Quem cá vem, a única coisa que leva, é uma palavra de desagrado e desalento para quem cá quer vir.
A Paisagem é excelente, única e inesquecível. Mas isso só não chega e todos sabem disso.
Agora, permitir que, por sua culpa, se fale em encerrar uma das melhores unidades hoteleiras da zona centro e até do país é, no mínimo, bizarro.
Se realmente acontecer o que por aí se comenta, não restaria aos responsáveis senão demitirem-se do cargo que ocupam, por não estarem à altura para servir os interesses da terra que prometeram acarinhar e desenvolver

domingo, 11 de fevereiro de 2007

PELO SIM E PELO NÃO

Acalmados os ânimos, finda a campanha pelo SIM e pelo NÃO, chegou a hora de todos os eleitores escolherem, na solidão da cabine de voto, quem vão escolher verdadeiramente. Seja qual for o resultado, ganhará sempre a democracia desde que a abstenção não seja por aí além. O povo português não é muito dado a votações. Só vota porque se sente obrigado a fazê-lo, mas como o tempo está de chuva sempre poderá ser que a tendência crescente da abstenção se inverta.
Seja como for, espero que saia a ganhar a democracia, que normalmente se mede, pelo número de participação nas eleições.Seja o NÃO ou o SIM ganhar, de certeza que as coisas pouco mudarão. Quem pretender interromper a gravidez, por vergonha não vai a um estabelecimento público.O que tem que mudar são as mentalidades.A pressão/influência que exerce a igreja católica nos meios rurais é tamanha que nenhuma mulher se sujeitaria a uma condenação silenciosa sempre que passasse na rua.A mulher que opte por interromper a gravidez, não vai assumi-lo abertamente porque sabe que vai ser estigmatizada por aqueles que a rodeiam.Não é a Lei que tem que mudar, são as mentalidades. E essas não se mudam por decreto, mudam-se quando as pessoas procuram cultivar-se e não permanecerem ideologicamente presas aos ensinamentos anacrónicos de uma instituição.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

CUIDADO COM O CÃO


Os cães portugueses das raças Serra da Estrela e Rafeiro Alentejano, foram recentemente classificados pela Ministra Italiana da Saúde, como potencialmente perigosos.Tal descoberta espantou os mais conceituados especialistas portugueses na matéria, os quais, em declarações públicas, manifestaram total repúdio por aquela tomada de posição, tanto mais que tais animais, muito queridos dos portugueses, são conhecidos pela sua candura, fidelidade ao dono e determinação.Das duas uma, ou aquela senhora, terá tido alguma má experiência com algum daqueles canídeos e a sua atitude foi motivada pelo desejo de vingança, ou então, o vinho que ela bebeu estava estragado e tal posição foi tomada sob o efeito da ressaca.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

QUIERES HABLAR COMIGO?

Não me surpreendeu a notícia que hoje veio a público, acerca da oportunidade que os portugueses estão a desperdiçar, desde que as comportas da barragem do Alqueva se fecharam.
Todos, sem excepção, tinham conhecimento que, a partir daquela altura, iria “nascer” o maior lago artificial da Europa.
Que tamanha infra-estrutura era crucial para o desenvolvimento daquela região de Portugal.
Contudo, até ao momento, apenas os nossos vizinhos espanhóis, estão a apostar fortemente naquela que julgam ser a próxima “galinha dos ovos de ouro” do nosso país.
Indiscriminadamente, aos olhos de toda a gente, compram terrenos para cultivar e urbanizar. Investem fortunas para se tornarem os futuros latifundiários e os futuros empresários do turismo da zona.
Ao ritmo com que adquirem propriedades, qualquer dia o castelhano é a segunda língua mais falada de Portugal.
Enquanto nós clamamos por subsídios ao governo da república, ou porque não choveu ou porque choveu de mais, enquanto olhamos para o céu à espera que alguma divindade se lembre da nossa triste sina, os “nuestros hermanos” vão andando com os pés bem assentes na terra que aos poucos lhes vai pertencendo.
Aquilo que não conseguiram conquistar pelas armas ou com recurso a golpes palacianos, vão adquirindo através do dinheiro, comprando tudo que está à venda. E nós, ofuscados pela grandiosidade da obra, sentamo-nos a admirá-la virando as costas à terra que tantas vidas nos custou, deixando-a fugir por entre os dedos.
Faz-me lembrar África, para onde fomos de peito feito e de onde viemos de mãos a abanar, dando de barato o que nos saiu tão caro.
A história tem coisas engraçadas e uma delas é a particularidade que tem em se repetir.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

FUTEBOL DE MERDA

Os mais recentes acontecimentos que mancharam, desta vez, o futebol italiano, e dos quais resultou a morte para 1 pessoa e ferimentos para outras 70, trouxeram-me à memória a trágica partida de futebol entre o Liverpool e a Juventus, nos quartos de final para a "Copa dos Campeões" de 1985 no estádio do Heysel em Bruxelas.Naquela altura, ambas as claques se envolveram em confrontos que provocaram a morte a 39 adeptos que, infelizmente, estavam à hora errada no local errado. O holiganismo estava no auge e quase tudo era permitido, desde que não se passasse dentro das 4 linhas.Mais recentemente, a “mediática” cabeçada que Zidane deu a Materazzi na final do último Mundial de futebol entre França e Itália veio demonstrar que, mesmo no relvado, existe violência gratuita, levada a cabo por quem é (e deve ser) um exemplo para milhares, senão milhões de jovens, por esse mundo fora.No segundo caso, os clubes ingleses foram impedidos de jogar nas competições europeias durante cinco anos, excepto para o Liverpool, que ficou impedido por seis.No terceiro caso, o “menino”, já em fim de carreira, quase teve honras e Estado, por defender, segundo ele, a honra da sua querida mãe.No primeiro caso, todas as equipas italianas foram impedidas de jogar, “sine die”, até que alguém competente decida realmente o que fazer perante tamanha demonstração de violência.Todos os três acontecimentos foram mediaticamente acompanhados, apreciados e comentados por graúdos e miúdos que, mais uma vez, assistiram à mais primária, mais selvagem e mais repudiante face do futebol.Tirando os espectáculos, que raramente se vêem nos campos de futebol, onde verdadeiros mestres da bola, conseguem fazer o impossível para, através da técnica, da destreza e inteligência, conseguirem “enganar” o adversário, o futebol é podridão.Os casos de corrupção inundam os tribunais e os telejornais, as transferências milionárias fazem corar qualquer Azevedo e os actores nem sempre se comportam como uns ídolos que realmente são e julgam ser.O importante é o aspecto exterior, as garinas, os bólides, a vestimenta. Porque, o futebol, aquele que pela camisola se joga, é para os pobres do desporto, que não conseguem mais do que duas t-shirts, dois pares de calções e um par de chuteiras que há-de servir para os treinos e para os jogos oficiais.Mas esses sim, esses é que jogam o verdadeiro futebol, com muito menos adeptos mas com muito mais alma.Era nesse exemplo que, na sua maior parte, os jovens se haviam de rever

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

PRESOS AO VÍCIO E SEM "HABEAS CORPUS"


Em França, a partir do dia de hoje, foi imposta a proibição de fumar em locais públicos. Tal medida vem juntar-se às já tomadas por alguns países europeus.
Tudo muito bem até aqui. Acho inclusivamente que o vício de fumar deve ser combatido eficazmente e a todo o custo, porque o cigarro é um mal para a saúde pública, prejudicando, não só os que fumam, mas também os que não fumando, os rodeiam. Além disso, tal vício é um encargo, cada vez maior, para o erário público, porque são cada vez mais os gastos com os tratamentos das doenças por ele causadas.
O que me causa estranheza, é que o Estado, como garante da defesa dos direitos dos cidadãos, da sua protecção face às mais diversas adversidades e ameaças, como pessoa de bem que é e que diz ser, não adopte uma posição que levasse ao fim de um dos mais graves malefícios da nossa sociedade. Em vez disso, continua a deter o monopólio da venda do tabaco, arrecada os lucros com a sua venda e, ainda por cima, onera pesadamente a carga fiscal que sobre ele incide, por outras palavras, explora o vício que incute aos fumadores.
Não seria mais fácil proibir a venda de cigarros, combatendo a eventual venda ilícita dos mesmos, com a mesma ferocidade com que combate o tráfico das drogas. Dessa forma, requalificava os trabalhadores da tabaqueira e contribuía para a saúde do seu povo. Essa sim, era uma posição digna de um Estado que respeita e protege os seus cidadãos.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

A MONTANHA PARIU

Para o público em geral, que tentou, a todo o custo e mais uma vez, através da pressão, condicionar a decisão dos Tribunais, foi uma grande desilusão.
Logicamente que a salvaguarda dos superiores interesses da menor, se sobrepõem à vontade daqueles que, paternalmente e não biologicamente, olham pelo seu bem-estar, e à vontade daqueles que, biologicamente e não paternalmente, pretendem vir a fazê-lo, ou não.
É lamentável, mais uma vez, a forma como tudo se passou.
Com uns, por um lado, a pretenderam ver-se livres de um empecilho, e com outros, por outro lado, a acarinharem o que para eles, teria sido o realizar de um sonho há muito perdido.
De qualquer forma, e com o respeito que tenho pela totalidade dos intervenientes, fico satisfeito por a decisão proferida ter sido de acordo com a Lei que nos rege.
Era complicado a um Tribunal, de qualquer instância, legitimar o rapto. Se assim fosse, tudo daqui para a frente, a qualquer título, poderia transformar-se numa simples troca de bebés, ou por serem feios, ou por serem, gordos, magros, etc.
Desde que alguém assinasse um papel a autorizar determinado casal a cuidar do seu rebento, estaria automaticamente assegurada a felicidade da criança.
Não conheço nem uns nem outros, mas espero que se dêem muito bem e que as Instituições responsáveis pela protecção dos menores no nosso país, fiquem cada vez mais vigilantes quanto ao destino que lhes é dado e que acompanhem o seu crescimento, para assim poderem exigir-lhes um comportamento cívico, de acordo com as normas da sociedade.