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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

A MONTANHA PARIU

Para o público em geral, que tentou, a todo o custo e mais uma vez, através da pressão, condicionar a decisão dos Tribunais, foi uma grande desilusão.
Logicamente que a salvaguarda dos superiores interesses da menor, se sobrepõem à vontade daqueles que, paternalmente e não biologicamente, olham pelo seu bem-estar, e à vontade daqueles que, biologicamente e não paternalmente, pretendem vir a fazê-lo, ou não.
É lamentável, mais uma vez, a forma como tudo se passou.
Com uns, por um lado, a pretenderam ver-se livres de um empecilho, e com outros, por outro lado, a acarinharem o que para eles, teria sido o realizar de um sonho há muito perdido.
De qualquer forma, e com o respeito que tenho pela totalidade dos intervenientes, fico satisfeito por a decisão proferida ter sido de acordo com a Lei que nos rege.
Era complicado a um Tribunal, de qualquer instância, legitimar o rapto. Se assim fosse, tudo daqui para a frente, a qualquer título, poderia transformar-se numa simples troca de bebés, ou por serem feios, ou por serem, gordos, magros, etc.
Desde que alguém assinasse um papel a autorizar determinado casal a cuidar do seu rebento, estaria automaticamente assegurada a felicidade da criança.
Não conheço nem uns nem outros, mas espero que se dêem muito bem e que as Instituições responsáveis pela protecção dos menores no nosso país, fiquem cada vez mais vigilantes quanto ao destino que lhes é dado e que acompanhem o seu crescimento, para assim poderem exigir-lhes um comportamento cívico, de acordo com as normas da sociedade.