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terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

NÃO CORTEM A PALMEIRA



Cada vez que vejo uma ou mais crianças a brincar no parque infantil sito nesta vila, ao pé da secular palmeira, fico bastante preocupado.E porquê? Porque, ao observar aquele recinto, verifico que está completamente votado ao abandono, não obedecendo nem às mais elementares regras de segurança, higiene e salubridade nem às regras impostas pela legislação em vigor.Senão vejamos:· Não existem no recinto recipientes para recolha de resíduos sólidos;· Não existe a preocupação em manter aquele espaço constantemente limpo e livre de objectos que, com o tempo e a permanência de vândalos, se vão amontoando;· Aos poucos vão-se degradando os materiais que dele fazem parte, designadamente o mobiliário, o portão de acesso e as instalações de apoio;· A permanência de cães naquele recinto é uma constante, concluindo-se facilmente que o utilizem, não só para sossegadamente dormitarem, como também para fazerem as suas necessidades fisiológicas, sendo certo que, bem perto dali existem os sanitários públicos, mas ainda só para humanos;· A areia que cobre a superfície onde o parque se encontra instalado, que por Lei devia ser substituída uma vez por ano, nunca conheceu outra que fosse ocupar o lugar dela, estando completamente invadida por ervas daninhas, o que por si só denota uma completa falta de preocupação para com os utilizadores daquele espaço, porque, como todos bem sabemos, absorve e esconde, todo o tipo de porcarias e objectos;· Existe uma torneira, normalmente utilizada nos eventos que junto aquele espaço se realizam, que por se encontrar completamente desprotegida e perfeitamente acessível, é bem capaz de ferir com gravidade, qualquer criança que, acidentalmente, contra ela embata;· Por último, existe uma palmeira no interior do recinto que por ter bastante idade, não raro acontece caírem ramos velhos que, em virtude do seu tamanho, podem causar ferimentos extremamente graves às crianças que (ainda) por ali brincam.
Os pais das crianças, ou familiares que as acompanham, não deviam andar tranquilos enquanto os seus rebentos lá brincam pois, tal espaço não oferece condições para que brinquem protegidas.Se o alheamento para com o bem-estar dos mais novos é assim tão flagrante e ainda por cima a tão poucos metros do edifício sede da autarquia, imagine-se como será para como os mais velhos.É caso para dizer “em casa de ferreiro, espeto de pau” ou “mais cego do que aquele que não vê, é aquele que não quer ver”.