Com o objectivo de "aumentar a pressão contra o Sudão" os E.U.A. propuseram sanções que levassem o governo de Darfur a inflectir no contínuo genocídio que, desde 2003 tem vindo a levar a cabo e que já causou mais de 200 mil mortes e mais de 2 milhões de desalojados. Perante tal predisposição, a China considerou que tais sanções "só produziriam mais pessoas sem abrigo e novas violações de direitos humanos. É estranho que tal preocupação venha de um país onde o respeito por aqueles direitos não é uma prioridade política a não ser que por detrás desse súbito interesse, existam outros que levem tão grande potência a tomar uma posição contrária à que tem sido posta em prática dentro das suas fronteiras.
De facto a China, apesar de nos últimos anos ter contribuído para a construção de infra-estruturas várias e de ter doado 10 milhões de euros para assistência humanitária é, actualmente, o maior importador de petróleo daquele país, não acreditando eu que, com esta aparente boa vontade, a China pretenda ensinar os sudaneses a pescar antes preferindo dar-lhes o peixe.
De facto a China, apesar de nos últimos anos ter contribuído para a construção de infra-estruturas várias e de ter doado 10 milhões de euros para assistência humanitária é, actualmente, o maior importador de petróleo daquele país, não acreditando eu que, com esta aparente boa vontade, a China pretenda ensinar os sudaneses a pescar antes preferindo dar-lhes o peixe.
As reacções por parte dos E.U.A. e da França não se fizeram esperar, tendo ambos ameaçado boicotar a sua participação no Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim.
Note-se que a França, através da petrolífera TOTAL, há muito que está interessada nos campos petrolíferos sudaneses e os E.U.A., para não variar, não gostam que o "perigo amarelo" se aproxime muito dos seus (potenciais) domínios.
No meio disto tudo, só tenho pena do povo sudanês que sofre na pele (ou nos ossos) as consequências de uma interminável guerra civil, que apenas serve aqueles que detêm as armas e que, à custa delas, negoceiam e dividem os lucros obtidos pela venda das riquezas do seu país.