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segunda-feira, 28 de maio de 2007

AVÉ CHAVEZ

Sem surpresa, Hugo Chávez surpreendeu tudo e todos ao não renovar a licença que a mais antiga estação de televisão privada venezuelana necessitava para continuar a emitir, como vinha fazendo há 53 anos, colocando de imediato uma outra emissora, criada propositadamente pelo novo ditador, a emitir na mesma frequência em que a RCTV anteriormente emitia, estreando-se com um filme sobre o herói da independência Simon Bolivar e com programas que, segundo Chávez, reflectem melhor a sociedade Venezuelana.
Todos os bens e infra-estruturas pertencentes àquela emissora privada foram, por decisão judicial naturalmente influenciada pelo presidente, colocados à disposição da Comissão Nacional de Telecomunicações, nacionalizados portanto.
Afinal que tipo de socialismo é que aquele governante segue? O que busca uma nova harmonia social por meio de drásticas mudanças, como a transferência dos meios de produção das classes proprietárias para os trabalhadores ou aquele em que um indivíduo ou grupo de indivíduos de uma sociedade controla todos os outros indivíduos através da coerção e compulsão organizada (Luxai von Mises).
Para mim é o segundo e, com Fidel Castro às portas da morte, Hugo Chavez, toma a dianteira para se auto-denominar o próximo paladino daqueles ideais, não fosse a Venezuela uma das grandes potências regionais, detentora de uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, portanto, em condições de fazer frente aos E.U.A, inimigo comum dos trabalhadores e oprimidos.
Não tarda nada, vamos assistir a deportações dos opositores de Chavez para “goulags” criteriosamente construídos à semelhança dos utilizados na extinta U.R.S.S..