I
I
I

sábado, 30 de junho de 2007

MORTE NO RIO

Descer o Rio Mondego até à Misarela já não é novidade para quem habita junto às suas margens. Durante os meses de Verão, centenas de pessoas optam por fazer esse percurso.
Com ou sem experiência, não se sentem amedrontadas pelo facto de terem que o fazer, pois o rio, naquele troço, não é conhecido por ser perigoso ou por ter águas muito profundas.
Acontece que, ou por se facilitar ou por falta de segurança ou até por excesso de confiança, as coisas podem tornar-se bastante complicadas. Um simples descuido, um gesto mal calculado ou uma pequena distracção, são suficientes para criar complicações.
Hoje, ao início da tarde, o azar aconteceu. Uma jovem com cerca de 40 anos, perdeu a vida junto ao que resta do açude da Rebordosa quando se encontrava a efectuar a descida do rio. Não conseguiu sobreviver à força das águas e marcou de morte este dia que se pretendia de festa.
Será que o Rio Mondego é assim tão seguro para quem faz uma viagem daquelas?
Será que quem organiza aquela descida acautelou todas as medidas de segurança necessárias?
Será que é suficiente o número de indivíduos (experientes) que acompanham quem faz a descida?
Será que, ao longo do rio, existe sinalização suficiente para indicar os locais de mais perigosidade?
Será que são cumpridas todas as normas de segurança ou será que apenas se pretende ganhar dinheiro sem salvaguardar a integridade física das pessoas?
São tudo questões que nos assaltam o espírito e para as quais nem sempre temos resposta, pois só nos lembramos delas quando a desgraça acontece.
O que é certo é que, apesar de nunca ter acontecido (que eu me lembre), em circunstâncias semelhantes, a morte de alguém, o que é certo é que hoje aconteceu e, se até aqui não foram tomadas as devidas precauções, que a partir de hoje elas sejam tidas em consideração para que um episódio destes nunca mais se repita.