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sábado, 23 de junho de 2007

NÃO PERCEBO NADA DE FUTEBOL


Não sou adepto do Sport Lisboa e Benfica, mas também não sou ingénuo ao ponto de achar que tal clube é pouco importante. Cresci a ouvir que o Benfica é o melhor do mundo, que tem os melhores jogadores, que tem mais títulos ganhos e que tem mais de 6 milhões de sócios. Tão marcante é essa ideia que só não sou benfiquista por razões de solidariedade familiar, posso até dizer que o Benfica é o meu terceiro clube (a Académica de Coimbra está em segundo). Ora, tal enormidade não pode, nem deve, passar ao lado de ninguém, até porque, para um país tão pequeno (em quase tudo) ter um clube com essa dimensão é motivo de orgulho. Faz bem ao ego de qualquer português saber que, além fronteiras, todos conhecem o Clube da Luz e o Eusébio (agora o Figo) e, acima de tudo, saber que o Benfica foi campeão disto ou daquilo (dá a sensação que todos acordam mais bem dispostos e que a semana até começa melhor). Costumo dizer que, se o Benfica fosse o Futebol Clube do Porto, todos andávamos muito mais felizes e, de certeza, que encarávamos o futuro com muito mais optimismo.
Mas a realidade não é essa, o F.C.P. soma e segue e o S.L.B. é aquilo que se vê. Talvez por isso é que o (multi) milionário Joe Berardo lançou uma OPA sobre o Benfica para, segundo o próprio, "ajudar os benfiquistas" e o certo é que os ajudou bastante pois, para começar, as acções da SAD valorizaram 54% num curto espaço de tempo. Será (ainda) um peso de consciência por não ter valido nada o facto de ter oferecido a capela e a santa que José Damásio instalou na "Catedral" em 1994, ou estará na moda ser dono de um clube desportivo?
Seja como for, a marca Benfica está à venda e vale milhões, a partir daí tudo pode acontecer. Se vai melhorar não sei mas, o importante é que seja bom para o futebol, para aquele clube e, em particular, para o desporto, pois trata-se de uma instituição de indiscutível importância para o nosso país, só sendo pena que não ganhe.