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quinta-feira, 7 de junho de 2007

A ÚLTIMA CHANCE

Com o objectivo de discutir o sucessor do Protocolo de Quioto, reuniram-se na cidade alemã de Potsdam, os ministros do ambiente dos G8 (os sete países mais industrializados do Mundo e a Rússia), sendo com estas palavras que o ministro do Ambiente alemão, Sigmar Gabriel, marcou a abertura de tal cimeira: «É importante convencer os países emergentes (Brasil, China, México, Índia e África do Sul), de que fazer esforços para a protecção do clima e da biodiversidade é uma vantagem para eles próprios».

Alguns encaram esta atitude como uma tentativa de travar o desenvolvimento económico daqueles países, outros acham que é sobre eles que devem recair todas as atenções, porque são eles que procuram um crescimento económico a baixo custo e todos sabemos que o mesmo só se consegue à custa de tecnologias ultrapassadas e bastante poluidoras.

Quanto a mim, a tentativa de tornar os meios de produção mais amigos do ambiente, só se consegue com o compromisso, tanto dos países chamados “emergentes” como daqueles que são considerados os mais industrializados do mundo, pois o esforço na resolução dos problemas ambientais, que todos os dias “sujam” o nosso planeta, não tem apenas que ser só de alguns, mas de todos.

A par das alterações climáticas, da política energética e a biodiversidade, aquela reunião permitiu que Putin e Bush se encontrassem para discutir a questão dos mísseis balísticos que a Rússia ameaça apontar para as principais cidades europeias como retaliação à intenção dos E.U.A. em instalarem um escudo antimíssil para proteger a Europa de eventuais ataques terroristas. Interessante, esta cimeira que se vai desenrolar até sábado próximo e onde se vai discutir o futuro do mundo.

Pelo menos já teve como consequência a hospitalização de 400 polícias e a detenção de 300 manifestantes que se reuniram naquela cidade para protestar contra a globalização, antevendo-se portanto um resultado dolorosamente marcante tanto para um lado como para o outro.